Chegou ao fim, no último dia da Expotec 2024, nessa sexta-feira (9), o Hackathon – Camping Digital, promovido pela Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior (Secties) em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel). As três melhores equipes da maratona foram premiadas no valor de R$ 25 mil cada, totalizando um montante de R$ 75 mil de fomento.
O objetivo do Hackathon – Camping Digital foi promover uma maratona de ideias e soluções inovadoras desenvolvidas por estudantes de graduação de diversas áreas do conhecimento. As soluções deveriam contemplar o tema: “Sustentabilidade Digital e Inovação para um Futuro Viável”. A maratona durou 34 horas, permitindo o revezamento entre os integrantes das equipes para descanso e alimentação.
Os vencedores foram as equipes Educaí, Sustec e Roots Inovation. Elas foram contempladas com apoio financeiro da Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba (Fapesq-PB), sendo a primeira fase no valor de R$ 5 mil para o desenvolvimento de um Produto Mínimo Viável (PMV), liberado em parcela única e a segunda fase no valor de R$ 20 mil. Um total de R$ 25 mil para cada projeto, somando R$ 75 mil em prêmios.
A maratona teve 230 inscrições, com a participação de 165 jovens, que se dividiram em 34 equipes que apresentaram projetos, com nove finalistas e três vencedores premiados.
De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior, Claudio Furtado, a maratona levou a oportunidade para que os quase 200 jovens que participaram possam começar a empreender. “Empreender é inovar errando e aprendendo com os erros. Tenho certeza que todos que participaram são vencedores e devem aproveitar essa chance para começar a pensar no seu negócio”, comentou.
Os desafios que deveriam ser resolvidos pelas equipes foram propostos pela secretária de Estado do Meio Ambiente, Rafaela Camaraense, que também esteve disponível para conversar com os participantes e esclarecer dúvidas sobre os temas. “Com as soluções propostas por eles, conseguiremos levar benefícios à população. As soluções poderão ser implementadas pela Semas ou não. Como haverá financiamento, pode ser até que se gere algum negócio”, comentou Rafaela.
A dinâmica após a apresentação da problemática permitiu que as equipes tirassem dúvidas durante uma hora, conforme a metodologia do Hackathon. A avaliação dos projetos foi realizada por uma banca composta por três integrantes com formação e experiência na temática.
Caroliny Arruda, estudante de ciência da computação na UFPB, faz parte da equipe Roots Inovation, que ficou em primeiro lugar na premiação. De acordo com ela, o diferencial do seu grupo foi pensar em solução simples, que fosse viável e atendesse a todos os públicos. “A gente pensou nos catadores de lixo que não são letrados e não têm acesso a tecnologia”, disse.
Já Felipe Lima, estudante de ciência da computação na UFPB, e representante da equipe Sustec, acredita que o diferencial do seu grupo foi pensar no valor de mercado da sua proposta. A ideia do projeto apresentado é servir de conexão por meio de um aplicativo que liga indústrias que descartam resíduos e pessoas que os utilizam para fabricar determinados produtos. “A ideia é fazer uma espécie de ‘ifood’, mas ao invés de comida faremos com resíduos”, explicou.
Stefanie Moura, estudante de engenharia elétrica da UFPB, representou a equipe Educaí, e ressaltou a importância da proposta apresentada, de beneficiar jovens dentro das escolas ou universidades, que precisam de recursos para viabilizar os seus projetos.
Fotos: Mateus de Medeiros