O deputado Gervásio Maia (PMDB) chegou ao limite da paciência quando se posicionou sobre a mudança no diretório de João Pessoa. Na tarde de hoje, o deputado ameaçou deixar legenda se o acordo que daria a ele o cargo de presidente municipal não for cumprido e a decisão da executiva estadual seja de realizar eleições para escolher o novo diretório.
Maia revelou não estar compreendendo as decisões sobre prorrogação do diretório e data para realizar a convenção que foi marcada, conforme relatou Gervásio, sem o consentimento dos demais filiados. “E vi umas declarações de Manoel me chamando para o embate no voto. Ora, se nem ele assumiu o diretório no voto, foi num acordo firmado entre os líderes do partido, o mesmo acordo que me daria a presidência agora, e Manoel Junior foi quem indicou todo o diretório que vai votar, eu já saio em desvantagem e não participarei desse embate”, garantiu Gervásio.
O deputado disse não ter esperança sobre o cumprimento do acordo, atestou que não irá para o embate no voto com Manoel e ameaçou deixar a legenda. “Não espero mais assumir. Mas também não aceitarei essa eleição. Primeiro, se eu aceitar a disputa, eu estou aceitando perder, porque a maioria é indicada por ele. E em segundo lugar, eu estaria concordando com a quebra do acordo chancelado por todos os membros da executiva. Eu espero que essa não seja a escolha do PMDB. Se fizerem isso, terão que arcar com as consequências, porque as consequências virão. No mais só me resta lamentar o escateamento que estão fazendo comigo”.
A decisão de Gervásio é reflexo da indecisão do partido. “Me sinto um peixe fora d’água e não estou fazendo drama, mas me sinto como se tivesse sendo expulso e não mereço isso porque sempre cumpri rigorosamente as determinações da minha legenda e acompanhei todas as candidaturas do PMDB”, destacou.
O deputado cobrou posicionamento do presidente José Maranhão e afirmou que o senador tem se esquivado do assunto e adiado as reuniões internas.
Gervásio ponderou sobre a perda do mandato com base na Lei da Fidelidade Partidária. “É porque a lei de fidelidade é rígida sobre a mudança, mas se fosse diferente, eu não estaria sofrendo essa hostilidade e discriminação”, concluiu.
Blog do Gordinho