O aumento do valor do Fundão Sem Vergonha acabou virando moeda de troca entre o Planalto e o Congresso. O presidente Jair Bolsonaro vetou a alteração do valor e os parlamentares deixaram de analisar os vetos para o resto da lei valer nas eleições 2020. Em contrapartida, não houve restrição para usar o dinheiro como bem entenderem, como para comprar imóveis, carros, aviões e gastos ilimitados com advogado.
Para valer nas eleições seguintes, qualquer nova legislação precisa entrar em vigor no mínimo um ano antes da votação em 1º turno.
O valor do fundão, que poderia chegar a R$3,7 bilhões, ficou limitado aos gastos de 2018, corrigidos pela inflação: cerca de R$1,8 bilhão.
Na prática, as novas regras se somam a duas décadas de mudanças promovidas por políticos para torrar mais dinheiro público sem controle.