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Floyd Mayweather, o homem que rasga dinheiro

Invicto após 50 lutas e capaz de embolsar o equivalente a R$ 1 bilhão em apenas uma noite, o boxeador mais bem pago do mundo ostenta um estilo de vida em que só gastar não basta.

Ele tem 40 anos, 1,73 de altura, 68 quilos e um cartel de 50 vitórias em 50 combates, 27 deles por nocaute. Com 12 títulos mundiais de boxe em cinco categorias, de superpena a médio-ligeiro, Floyd Mayweather Jr. é o melhor pugilista de sua geração. Ainda mais impressionante que as vitórias no ringue, contudo, é o estilo de vida que mantém quando tira as luvas. O dinheiro o persegue com uma abundância de fazer inveja aos maiores craques do futebol mundial, do basquete e do automobilismo. No sábado 26, após vencer em Las Vegas (EUA) o irlandês Conor McGregor, atual campeão peso-leve do UFC (Ultimate Fighting Championship), Mayweather viu seu já polpudo saldo bancário aumentar em cerca de R$ 1 bilhão.

O valor foi calculado a partir da parte que cabe ao vencedor dos lucros com a bolsa de apostas (US$ 100 milhões) somada à renda obtida com patrocínios e direitos de imagem pela transmissão da luta, vencida por Mayweather no décimo round. A comemoração foi no melhor estilo dos cantores de rap, em uma suíte de hotel abarrotada de rebolativas garotas seminuas e o campeão da noite fazendo chover dinheiro até que o chão ficasse forrado de cédulas.

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FARRA Depois da vitória, a comemoração: mulheres, hip hop e chuva de dinheiro

As imagens da farra aparecem em um vídeo que circulou nas redes sociais junto a outro, em que Maywether sai pela porta dos fundos do cassino em Las Vegas arrastando um carrinho com maços de dólares embalados em plástico antes de encher o porta-malas de uma van com o dinheiro. Fazer questão de mostrar quanto ganha — e, principalmente, como gasta — é uma parte indissociável do marketing de Mayweather, que não esconde a predileção pelo apelido Pretty Boy Floyd Money (algo como “o cara bonito da grana”, em tradução livre). Até a holding que cuida de seus negócios foi apropriadamente batizada The Money Team. Costuma posar para fotos exibindo suas coleções de relógios e carrões (até o carrinho de golfe que deu para um dos filhos imita um Bentley) ou cercado de pilhas de dólares em mansões, iates e jatos privativos. Ele viaja em um Gulfstream G 550 de cerca de US$ 50 milhões, enquanto sua equipe se acomoda em outro, avaliado em US 36 milhões. Apesar de parecer excessivamente perdulário, o lutador é um homem de negócios que sabe se cercar de bons conselheiros de finanças. Um deles, Al Haymon, estudou economia na Universidade Harvard. O outro, Leonard Ellerbe, é o CEO da Mayweather Promotions, empresa que agencia outros atletas e promove todo tipo de entretenimento ao vivo, incluindo eventos esportivos, musicais, produção de filmes e programas de televisão.

Estratégia

Os lucros que obtém com participações nas vendas de ingressos, transmissões de lutas por canais pay-per-view e as porcentagens nas vendas de alimentos e bebidas durante os eventos são reinvestidos no mercado imobiliário e em outras empresas, caso da grife de moda The Money Team. Para Ellerbe, mesmo esbanjando como gosta, Mayweather terá uma aposentadoria bilionária.. O lutador diz merecer: “Conversei com Deus noite passada e perguntei: ‘Há algum problema em esse seu REI pródigo viver dessa maneira?’ e Deus disse: ‘Não, você foi predestinado’”, escreveu Mayweather anos atrás.

Filho de boxeador e sobrinho do ex-campeão Roger “Black Mamba” Mayweather, Floyd foi paciente para manter a supremacia diante de McGregor nos dez rounds da luta “Luta do Dinheiro”, como foi chamado o combate em Las Vegas.

“Acho que o juiz interrompeu muito cedo. Aquilo era fadiga. Eu não tinha me entregado. Essa foi a nossa estratégia, deixá-lo dar golpes mais fortes no começo e cansá-lo”, afirmou o vencedor.

 

 

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