CPI 8 de Janeiro
Flávio Dino e G. Dias serão denunciados em relatório separado na CPMI do 8 de janeiro
O senador Izalci Lucas, membro ativo da CPMI do 8 de janeiro, protocolou um voto em separado com seu relatório sobre as investigações promovidas pela Comissão.
A CPMI agendou para a próxima terça-feira a leitura do relatório da senadora Eliziane Gama, e a expectativa é que a senadora apresente um texto com a narrativa do governo Lula, enquanto a oposição e parlamentares independentes apresentarão seus próprios relatórios e votos em separado com os resultados das investigações sobre as ações e omissões dos agentes do governo Lula nos atos relacionados ao dia 8 de janeiro.
Em seu parecer, o senador Izalci Lucas descreve detalhadamente as atribuições e responsabilidades da Agência Brasileira de Inteligência, do Gabinete de Segurança Institucional, e também do Ministério da Justiça.
Sobre o GSI, o senador lembra que o órgão “tem uma vasta gama de responsabilidades, sendo uma das mais proeminentes a garantia da segurança das instalações presidenciais”.
O senador descreve as atribuições do Ministério da Justiça e da Força Nacional de Segurança, a ele subordinada, contrastando-as com as atribuições da Polícia Militar do Distrito Federal.
Izalci Lucas ainda descreve detalhadamente os atos e as comunicações entre as diversas forças de segurança nos eventos que antecederam o dia 8 de janeiro, inclusive no planejamento para evitar qualquer problema durante a posse de Lula, considerando os eventos que estavam ocorrendo na época.
O senador lembra:
“Registre-se, por relevante, que a ABIN, entre os dias 31/10/2022 e 01/01/2023, difundiu uma infinidade de ‘alertas’ e ‘relatórios de inteligência’ acerca das manifestações de insatisfação com o resultado eleitoral de 2022 para diversos órgãos integrantes do Sistema Brasileiro de Inteligência, incluídos, entre outros, o Ministério da Justiça, o Gabinete de Segurança Institucional, a Secretaria de Segurança Pública do DF e, até mesmo, o Gabinete de Transição do Governo eleito”.
O senador Izalci Lucas explica que, logo após a posse, a Abin passou a informar sobre o risco de invasões e depredações.
O relatório menciona: “a partir do dia 02 de janeiro de 2023, a ABIN deu início à difusão de uma nova série de “alertas” de inteligência que forneciam claros indícios de que as manifestações convocadas para o dia 08 poderiam não ser pacíficas.
JConline