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Exame inicial descarta sinais de violência em bebê morto em JP

Imagem: Walter Paparazzo

Imagem: Walter Paparazzo

O delegado da Infância e Juventude Gustavo Carlito informou na noite desta quinta-feira (22) que as circunstâncias que levaram a morte de um bebê de quatro meses no Bairro dos Novais, em João Pessoa continuam sendo investigadas, mas que não há indícios que comprovem que a mãe do menino tenha espancado a criança até a morte, conforme informaram os vizinhos à polícia. Segundo o delegado, as informações prestadas pelos vizinhos, que tentaram espancar a mãe do bebê são boatos.

Até as 20h desta quinta-feira (horário local) a mãe do bebê, uma adolescente de 15 anos, continuava na delegacia para onde foi levada, mas de acordo com Gustavo Carlito, ela continua lá apenas para preservar a sua segurança, visto que até o momento não há um local seguro para onde ela possa ir e evitar um novo ataque da populção.

A assessoria da Secretaria de Estado de Segurança e Defesa Social (Seds) informou que na primeira análise do Instituto de Polícia Científica (IPC) não foi constatado nenhum sinal de violência no corpo do menino e que um laudo detalhado da causa da morte será emitido em 30 dias. A mãe da criança alega que o bebê tinha uma hérnia, e por isso, tinha morrido.

“Pelos comentários a gente tem na realidade, um histórico negativo em relação a mãe da criança, mas a gente vai verificar se o fato foi realmente causado por ela ou se foi decorrente de uma hérnia que a criança tinha e essa hérnia causou alguma hemorragia interna. É preciso cautela para investigar o fato”, disse Gustavo Carlito.

Uma adolescente de 15 anos foi detida nesta quinta-feira (22) no Bairro dos Novais, em João Pessoa. Ela é suspeita de espancar e matar o próprio filho, que, segundo a família, é um menino de quatro meses. De acordo com a Polícia Militar, moradores da região informaram que a adolescente costumava bater e maltratar a criança. No entanto, as causas da morte ainda vão ser investigadas.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no local para tentar reanimar o bebê, que teve uma parada cardíaca, mas ele não resistiu. Um dos socorristas relatou que ao chegar no local a criança estava na cama, apesar da mãe ter contado que estava lhe dando banho. Com isto, os procedimentos de reanimação foram realizados, como massagens cardíacas, mas a criança não respondeu, morrendo no local. Segundo ele, o bebê não tinha sinais de espancamento.

Os moradores do bairro ficaram revoltados com a suspeita e, para prevenir possíveis agressões, ela saiu do local acompanhada pela Polícia Militar e encaminhada para a Delegacia da Infância e Juventude, também na capital paraibana, onde vai prestar depoimento ao delegado do caso, Gustavo Carlito. Uma equipe da Gerência de Medicina e Odontologia Legal (Gemol) esteve no local e levou o corpo do bebê para fazer a perícia.

G1

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