Crime

Ex-assessor confessou ter matado Gerson Camata com tiro à queima-roupa; Veja fotos

Um antigo assessor do ex-governador do Espírito Santo, Gerson Camata, 77 anos, teria assassinado o político na tarde desta quarta-feira (26/12). O homem foi preso pela Polícia Militar pouco após a execução e teria confessado o homicídio. O motivo: ele não teria se conformado em perder um processo judicial, cobrando direitos trabalhistas, movido contra o emedebista.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) confirmou que Gerson Camata foi vítima de disparos de arma de fogo efetuados por Marcos Venicio Moreira Andrade, de 66 anos, ex-assessor do político, que chegou a fugir, mas já está preso e prestando esclarecimentos no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Informações dão conta de que Marcos Vinícius encontrou o senador aposentado em uma padaria próximo de onde ele caiu morto, em um dos pontos mais movimentados da Praia do Canto – área nobre de Vitória (ES). Ao contrário do que disseram testemunhas, Marcos Venicio confessou que, sem conversar com o ex-patrão, deu um tiro à queima-roupa em Camata, que caiu morto após ser atingido no pescoço. O atirador tentou fugir, atravessou a rua e caiu em frente a um bar. Foi preso na sequência.

Ele é ex-assessor e, há 12 anos, acusou Gerson Camata, de receber mesadas de empreiteiras (incluindo a Odebrecht), emitir recibos falsos para prestação de contas de campanhas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), além de exigir 30% do salário que Marcos ganhava como assessor do parlamentar no Senado, para pagamento de contas pessoais.

Conforme contou à polícia, o suspeito disse que, à época que trabalhou com o emedebista, administrava o caixa 2 mantido por Camata. Patrão e empregado teriam se desentendido, o que levou o funcionário a não trabalhar mais com o ex-governador e acioná-lo na Justiça.

Neste ano, por decisão do ministro Luís Roberto Barroso, a causa desceu do Supremo do Tribunal Federal (STF) para a Justiça comum, visto que Camata não era mais senador. Na primeira instância, o ex-funcionário foi derrotado e decidiu tirar satisfações com o ex-patrão. O acerto de contas teria terminado com o homicídio de Gerson Camata nesta tarde.

A frieza do assassino 

“Ele [assassino] passou em frente da banca de jornal, passou na área de pedestre, colocou a arma na cintura e foi embora. Andando tranquilamente”, disse uma pessoa que esteve no local. “A frieza dele foi impressionante, para nós que estávamos ali”, acrescenta uma das pessoas que ouviu o disparo.

 

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