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Eventos esportivos também são palcos para terroristas

Um possível ataque terrorista voltou a assombrar eventos esportivos na Europa. No ano da Copa das Confederações, que antecede a Copa do Mundo, a cidade alemã de Dortmund se viu nesta terça-feira (11) refém de um atentado a menos de uma hora de uma partida da Liga dos Campeões. O zagueiro Marc Bartra, do Borussia Dortmund, que enfrentaria o Monaco, pelas quartas de final, ficou ferido.

Três explosões aconteceram próxima ao ônibus que levava o Borussia Dortmund para a partida no BVB Stadium. Com os estilhaços das janelas quebradas, o zagueiro Bartra acabou ferido.

A polícia local ainda não contabilizou outros feridos, tampouco identificou os autores do possível ataque. Até o momento, também não foi confirmado que a explosão foi um atentado terrorista. As autoridades locais trataram de enviar comunicados para tranquilizar a população e até informar que um drone da polícia sobrevoa a área do atentado.

O coordenador de relações institucionais do Ibmec, Márcio Coimbra, reafirmou que eventos esportivos ficam mais expostos a ataques terroristas como o que aconteceu na Alemanha e não é descartado na Rússia para a Copa das Confederações e do Mundo.

“Na Rússia, a gente tem uma possibilidade maior de ataques, porque tem a presença de mais grupos extremistas do que em outros lugares. Na região do Cáucaso, há uma presença muito grande de muçulmanos e eles são russos, ou seja, podem transitar livremente por todo o território da Rússia. Então, eles têm, dentro do próprio país, essa vulnerabilidade”, disse Coimbra.

Sede da Copa das Confederações de 17 de junho a 2 de julho deste ano, a própria Rússia também se vê envolvida em terrorismo. No início deste mês, a cidade de São Petersburgo sofreu com um atentado a bomba que atingiu o metrô e deixou 14 mortos e mais de 50 feridos. Naquela oportunidade, o comitê que investigou o caso apontou Akbarzhon Jalilov, do Quiguistão, como autor da barbárie.

Mesmo assustada com o terrorismo, a Fifa se limitou a enviar um comunicado reafirmando a confiança no plano de segurança para grandes eventos. Na Copa 2014, havia também uma confiança “no histórico de paz” no Brasil.

“A Fifa e o Comitê Organizador têm total confiança nos arranjos e no conceito de segurança planejados para esses próximos eventos. A Fifa está chocada e triste com os acontecimentos em São Petersburgo”, disse o comunicado após o atentado na Rússia.

Coimbra também destacou a diferença na questão de segurança entre a Copa que aconteceu no Brasil e os eventos que serão realizados na Rússia.

“A Copa do Mundo na Rússia está, sem dúvida alguma, muito mais vulnerável a ataques do que a Copa do Brasil jamais esteve”, disse. “Aqui no Brasil, muito provavelmente, você precisaria que um terrorista entrasse no País. Lá não, essa pessoa pode ser russa.”

O maior atentado terrorista no esporte aconteceu justamente na Alemanha. Em Munique 1972, o grupo terrorista palestino denominado Setembro Negro matou 11 integrantes da equipe olímpica israelense entre atletas e treinadores. Ao todo foram 17 mortes em ação considerada desastrosa da polícia local.

R7

 

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