A Casa Branca expressou preocupação com a aproximação entre Rússia e Coreia do Norte, em declaração feita nesta segunda-feira (17). “A viagem não nos preocupa. O que nos preocupa é o aprofundamento da relação entre esses dois países”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby. O presidente russo, Vladimir Putin, está realizando uma visita de Estado incomum a Pyongyang, o que levantou alerta nos Estados Unidos. Essa movimentação diplomática tem gerado apreensão em Washington, que vê com cautela a aproximação entre Rússia e Coreia do Norte. Putin viajará para a Coreia do Norte nesta terça-feira (18), em que o Ocidente acusa Pyongyang de fornecer armas a Moscou em sua ofensiva na Ucrânia. O líder russo estará acompanhado do chanceler Serguei Lavrov, do ministro da Defesa, Andrei Belousov; de dois vice-primeiros-ministros e do chefe da agência espacial russa, Roscosmos. A visita ocorrerá nove meses depois de Putin receber Kim no Extremo Oriente russo, onde ambos os líderes trocaram muitos elogios, mas não fecharam – pelo menos oficialmente – nenhum acordo.
O assessor diplomático do líder russo, Yuri Ushakov, apresentou a viagem como um evento importante para ambos os países, atingidos por sanções ocidentais. “Vários documentos serão assinados”, entre os quais haverá “documentos importantes, muito significativos”, disse o assessor, citado pelas agências estatais. Ushakov mencionou a “possível” assinatura de “um acordo de cooperação estratégica global”, que seria uma versão atualizada de um tratado assinado durante a última visita de Putin ao país, em 2000. O documento será modificado para adaptá-lo a uma “profunda evolução da situação geopolítica mundial e regional”, afirmou. Putin, que é alvo de um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional, reduziu suas viagens ao exterior, mas realizou algumas visitas para encontrar aliados-chave, como a China. Após viajar à Coreia do Norte, o presidente russo visitará o Vietnã nos dias 19 e 20 de junho.
Fonte: Jovem Pan – Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP