Policial

68 anos de prisão: Empresário é condenado por mandar matar padrinhos de casamento, na PB

O empresário Nelsivan Marques de Carvalho foi condenado a 68 anos de prisão por mandar matar o casal Washington Luiz Alves de Menezes e Lúcia Santana Pereira, que eram seus padrinhos justamente no dia do próprio casamento. O julgamento aconteceu nesta segunda-feira (9) no Tribunal do Júri de Campina Grande, após ter sido adiado em agosto de 2018.

Nelsivan foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio cometidos contra o casal Washington Luiz Alves de Menezes e Lúcia Santana e o vigilante da casa de festas, que foi ferido a tiros, no local em que o crime aconteceu.

O crime aconteceu em março de 2014, em frente a um salão de festas no bairro do Catolé, em Campina Grande. Em 2016, a Justiça definiu que os seis réus envolvidos no duplo homicídio seriam julgados por júri popular. Nelsivan Marques de Carvalho está preso há seis anos à espera de julgamento.

Já Maria Gorete Alves Pereira, que foi acusada de envolvimento no duplo assassinato, foi absolvida. Ela também foi julgada nesta segunda-feira (9). Em depoimento, ela disse que convivia apenas com um dos homens envolvidos no caso, Gilmar Barreto da Silva, que foi condenado a 37 anos e quatro meses de prisão pelo crime. A ré afirmou ainda que não tem conhecimento dos atos do companheiro. Para a defesa da acusada, a ré não tem nenhum envolvimento no crime e há convicção da absolvição dela no caso.

Outro acusado de envolvimento no crime, Allef Sampaio dos Santos, também sentaria no banco dos réus, mas teve o júri adiado por não apresentar advogado.

Durante júri popular na manhã desta segunda-feira (9), Nelsivan Marques de Carvalho disse que não tem nenhum envolvimento com a morte dos padrinhos de casamento dele e que teve o nome colocado no meio do processo, mas não sabe quem o fez e nem o motivo.

Ainda em depoimento, ele alegou que não se recorda do que aconteceu no dia do crime. Conforme a defesa do réu, não há apanhados, diálogos ou qualquer prova material de que o empresário tenha participado do crime.

O juiz questionou Nelsivan sobre relação de provas, como ligações eletrônicas e trocas de mensagens entre os celulares dele e outros réus. “Se eu liguei pra alguém ou respondi mensagem de texto naquela ocasião não me lembro. Se eu fiz não sei”, respondeu Nelsivan. Ele ainda disse que a relação que tinha com Franciclécio – condenado a 54 anos e seis meses de prisão – era de amizade, pois frequentavam a mesma igreja.

De acordo com a promotoria, com base no inquérito da Polícia Civil, o crime se resume a uma única coisa: a ganância. Segundo o Ministério Público, Nelsivan teria encomendado a morte dos padrinhos para assumir o controle total de uma faculdade particular da cidade, que também era administrada pelo casal assassinado.

Crime aconteceu em março de 2014 – O crime aconteceu no dia 29 de março de 2014. Terminada a cerimônia, Washington Luiz Alves de Menezes e Lúcia Santana Pereira se despediram dos noivos, por volta das 21h, e foram embora, seguindo em direção ao seu carro, quando foram assassinados.

Segundo o MP, os crimes teriam sido encomendados pelo noivo, Nelsivan Marques. Ele teria mandado executar as vítimas para assumir o controle de uma faculdade particular da cidade.

G1/Pb

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