A partir do mês de setembro, o Hemocentro Coordenador de João Pessoa, unidade da Secretaria de Estado da Saúde (SES), vai ofertar todos os dias da semana atendimento ambulatorial aos pacientes com anemia falciforme. Atualmente, o serviço é oferecido de segunda-feira a sexta-feira. O anúncio foi realizado pelo secretário Executivo da Saúde, Patrick Almeida, durante o primeiro dia de visita técnica de representantes da Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados (CGSH) do Ministério da Saúde ao Hemocentro da Paraíba.
“O Hemocentro é referência no Nordeste e na Paraíba para o atendimento de pacientes com a doença falciforme, planejamos organizar uma linha de cuidado que dê atendimento integral ao paciente com a doença”, pontuou o secretário executivo da Saúde. “A partir do mês de setembro, o atendimento no Hemocentro Coordenador de João Pessoa também será realizado nos finais de semana, atendimento de domingo a domingo. Iremos, ainda, fazer reformas estruturais para conseguir receber os pacientes durante 24 horas”, afirmou Patrick Almeida.
A diretora-geral do Hemocentro da Paraíba, Shirlene Gadelha, explicou que a inciativa do governo estadual é importante para garantir o alinhamento do fluxo no atendimento aos pacientes falciformes, aprimorando a assistência ofertada desde o nascimento até a fase adulta, sendo o passo inicial para garantir o atendimento 24 horas está preconizado pelo Ministério da Saúde.
Nessa quarta-feira, consultores do Ministério da Saúde darão continuidade à visita de apoio técnico ao Hemocentro da Paraíba que começou ontem. Durante o encontro, as profissionais estão levantando dados a respeito do atendimento das pessoas com anemia falciforme, da distribuição do medicamento para o tratamento da doença e do cadastro de pacientes no programa do Governo Federal de hemoglobinopatias.
A Paraíba é o primeiro estado da região Nordeste a receber a visita técnica que deverá ser realizada em todo o País. “Começamos as visitas pela Região Norte, e agora chegamos ao Nordeste. Para nós, foi gratificante termos a presença do secretário no evento, acompanhando e chamando a equipe para levantar os dados necessários para o Ministério da Saúde. Esse é um papel relevante para promovermos a melhoria cadas vez maior da assistência às pessoas com a doença falciforme”, declarou a consultora do Ministério da Saúde, Carmen Solange.
A consultora do Ministério da Saúde, Maria da Conceição Silva, agradeceu a equipe do Hemocentro e representantes dos setores envolvidos com as questões relacionadas à doença falciforme, contribuindo para o enfrentamento dos desafios no atendimento à doença falciforme.
Também estiveram presentes na abertura da visita técnica a chefe do Núcleo de Educação e Promoção à Saúde da GEAS/SES-PB, Adélia Gomes, a diretora do CedMex, Ana Rafaela, a coordenadora estadual de Triagem Neonatal e da saúde da criança e do adolescente da SES, Tatiane Jesus.
Além do diretor geral da Central Estadual da Regulação, Lucas Lima, a coordenadora de Atendimento ao Paciente do Hemocentro de João Pessoa. Aparecida Limeira, e do Hemocentro Regional de Campina Grande, Sonally Guimarães, e o presidente da Associação de Pessoas Portadoras de Anemias Hereditárias do Estado da Paraíba, Alzumar Nunes.
A doença falciforme, também chamada de anemia falciforme, é uma doença hereditária (passa dos pais para os filhos) caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com uma foice, daí o nome falciforme. Essas células têm sua membrana alterada e rompem-se mais facilmente, causando anemia. Essa condição é mais comum em pessoas da raça negra.
O diagnóstico da doença é realizado na criança no exame de triagem neonatal conhecido como teste do pezinho, oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde e realizado pelo Laboratório Central Estadual (Lacen-PB). Já nos jovens e adultos e para exame confirmatório da doença o exame realizado é o de eletroforese de hemoglobina disponibilizado pelo Hemocentro da Paraíba.
Também no Hemocentro da Paraíba é o serviço de referência para oferta de assistência multiprofissional com hematologista, pediatra, nutricionista, odontólogo, enfermagem, serviço social, unidade transfusional, fisioterapia, assistência social e atende os usuários com doença falciforme por demanda espontânea para o primeiro atendimento.