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Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo têm reunião com Governo Trump

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o empresário Paulo Figueiredo têm agenda em Washington com membros do governo de Donald Trump. O objetivo é debater o quadro político brasileiro e a possibilidade de aplicar novas sanções a autoridades do país.

A rodada de conversas ocorre no mesmo dia em que estava prevista uma reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent. O encontro com Haddad, no entanto, foi cancelado.

Eduardo e Figueiredo elaboraram relatórios para atualizar autoridades dos EUA sobre os desdobramentos políticos no Brasil após a sanção, via Lei Magnitsky, contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Entre os tópicos apresentados, estão avaliações sobre o posicionamento dos presidentes da Câmara e do Senado, além de ministros do STF.

A dupla defende que o Congresso avance com o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e que o Senado abra um processo de impeachment contra Moraes — propostas que, por ora, não têm perspectiva de votação.

Também incluíram no documento ações tomadas após a aplicação da Magnitsky, como a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), bem como levantamentos de opinião pública e projeções para os próximos meses.

Um dos pontos debatidos é a necessidade de o Tesouro norte-americano esclarecer oficialmente o alcance da sanção. A dúvida recai sobre se o bloqueio imposto se restringe a operações internacionais ou se também afetaria transações domésticas realizadas em bancos brasileiros que mantêm vínculos com o sistema financeiro dos EUA.

Eduardo e Figueiredo ainda discutem com o governo Trump a possibilidade de estender a medida à advogada Viviane Barci, esposa de Moraes, sob a alegação de que seu escritório atua nos Estados Unidos e poderia manter a renda familiar.

Na lista de possíveis novos alvos constam também os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, ambos com imóveis fora do Brasil. A hipótese é que a pressão financeira possa influenciar posições sobre processos ligados ao 8 de janeiro. A ameaça já teve efeitos: o filho de Barroso desistiu de voltar aos EUA.

Segundo fontes, desde março outros ministros do STF e familiares passaram a figurar no radar de possíveis sanções articuladas por Eduardo junto a Washington.

Ex-sócio de Donald Trump em um projeto no Rio, Paulo Figueiredo tem atuado como facilitador dos contatos do deputado com integrantes do segundo governo Trump, iniciado em 20 de janeiro. Entre os principais interlocutores da dupla estão o secretário de Estado, Marco Rubio, e conselheiros próximos a Trump, como Jason Miller e Steve Bannon.

Foto: reprodução vídeo; Fonte: UOL

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