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É seguro voltar para a academia?

A pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) provocou o fechamento temporário de diferentes negócios, entre esses, as academias de ginástica. Com a flexibilização da quarentena em alguns países, muitas pessoas têm se perguntado se é seguro voltar a praticar atividades físicas e frequentar academias de ginástica. De acordo com especialistas, a segurança para voltar à academia depende da localização, tolerância ao risco e das precauções adotadas pela gerência da academia.

Uma pesquisa norueguesa mostrou um mostrou que havia pouca diferença no número de infecções por COVID-19 em um grupo de 3.000 pessoas que se exercitaram em 1 de 5 academias ou ficaram em casa. Isso pode levar ao pensamento de que frequentar uma academia de ginástica pode oferecer baixo risco de contaminação. Contudo, cabe ressaltar que o estudo foi aplicado na Noruega, país que conta com cerca de 9.000 infecções confirmadas de COVID-19, um número muito inferior aos 4,8 milhões de casos nos Estados Unidos e aos 2,9 milhões registrados no Brasil, por exemplo.

Por outro lado, uma carta de pesquisa apresentada pelos Centers of Disease Control and Prevention, nos Estados Unidos, explica que, por meio do rastreamento de contatos, os pesquisadores da Coréia do Sul determinaram que mais de 100 pessoas foram infectadas pelo SARS-CoV-2 em aulas de dança e em uma dúzia de instalações esportivas. As infecções pareciam ter origem nos instrutores, alguns dos quais contraíram o vírus em uma oficina de treinamento de instrutores antes de passá-lo aos estudantes, disseram os pesquisadores, que explicam que as características que podem ter levado à transmissão dos instrutores na Coreia incluem grandes turmas, pequenos espaços e intensidade dos exercícios.

Segundo os pesquisadores, a atmosfera úmida e quente em uma instalação esportiva, juntamente com o fluxo de ar turbulento gerado pelo exercício físico intenso, pode causar uma transmissão mais densa de gotículas isoladas. Dessa forma, o fluxo de ar da academia é realmente um motivo de preocupação. Um estudo chinês mostrou que o sistema de ar condicionado é eficiente na propagação do COVID-19. Neste estudo, os pesquisadores determinaram que dez pessoas que comeram no mesmo restaurante em Guangzhou, China, contraíram o vírus a partir de gotículas respiratórias circuladas por um ar-condicionado. Um colega de restaurante visitou Wuhan, contraiu o vírus e o espalhou sem querer para os outros clientes.

Com base nesses estudos, os especialistas recomendam que cada pessoa analise as condições de sua região e seu estado de saúde geral. De acordo com o CDC, o risco de infecção por COVID-19 é maior para pessoas com doenças pré-existentes, incluindo câncer, doença renal crônica, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), problemas cardíacos graves, doença das células falciformes, diabetes tipo 2 e também clinicamente obesos ou imunocomprometidos.

Fonte: MDLinx. August 6, 2020.

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