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Duelo de paizões: com perfis parecidos, Felipão e Herrera domam estrelas de Brasil x México

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De um lado, Felipão, com seu bigode, convicções, o conceito de família entre os jogadores e um estilo alheio ao mundo virtual e elétrico no campo. Do outro, Miguel Herrera, um baixinho também vibrante no gramado, que conseguiu formar um grupo unido, apostou nas suas escolhas, mas que, ao contrário do treinador brasileiro, é ligado à grande rede, com atuação constante no Twitter e autor de uma penca de selfies. Em comum, os dois também têm o fato de terem sido defensores à época de jogadores. Os técnicos estarão lado a lado no jogo entre Brasil e México, nesta terça-feira, às 16h (de Brasília), no Castelão, em Fortaleza.

Se Felipão foi chamado para ocupar o lugar de Mano Menezes por causa da instabilidade da seleção brasileira, Miguel Herrera também assumiu o papel de salvador da pátria do México. Depois da demissão de três treinadores durante as Eliminatórias, Herrera passou a comandar o time em outubro do ano passado, antes dos jogos decisivos diante da Nova Zelândia pela repescagem. Conseguiu a classificação, caiu nas graças da torcida e manteve a base da equipe, mesmo com questionamentos da imprensa mexicana. Chicharito, por exemplo, é banco.

“No México, 50 milhões de pessoas gostam de mim, 50 milhões me odeiam, 20 milhões estão indiferentes. Um cidadão apaixonado por futebol não pode ter uma ambição maior na vida do que treinar a seleção do seu país. Por causa disso, entendo todas as críticas. Um torcedor me parou em um restaurante para dizer que sabe mais de futebol do que eu. Talvez seja verdade, nunca saberei” afirmou Herrera, 46 anos.

Entre os atletas, sempre elogios ao trabalho de Herrera. Os mexicanos estão unidos e confiantes na classificação. Apesar do estilo paizão, ele rejeita proteção.

“Não tenho queridinhos. Se eu chamo sete titulares do América (time que ele comandou), é porque os conheço bem. As pessoas esquecem que, dois anos atrás, eles eram os melhores do país, sem contestação. Comigo, podem se recuperar, sei o que pedir deles no campo. Desde que os coloquei no time, tive quatro vitórias e um empate. Eu tenho que investir em quem conheço, não é hora de fazer aposta. Tento ouvir todos, mas minha personalidade, às vezes, não permite. Não consigo pensar antes de fala”, disse o treinador, recentemente.

A mesma convicção de Felipão. Mas, quando eram jogadores, os dois tiveram carreiras distintas. Como volante ou líbero, Herrera chegou à seleção; já o treinador brasileiro foi um defensor com um retrospecto discreto.

Outra diferença vem do mundo virtual. Felipão não é fã de Internet e, além de checar seus emails, apenas lê algumas notícias. Já Herrera posta fotos da sua vida pessoal e profissional no Twitter, onde também anuncia escalações e pede opiniões de torcedores.

Felipão é mais sisudo, mas também conquistou os atletas da Seleção. Tem pinta de turrão, mas é bem-humorado e conquistou a admiração dos jogadores durante a conquista da Copa das Confederações. É linha dura, só que sabe o momento certo de um afago. Apesar de mais velho, o brasileiro é mais liberal em alguns aspectos. Liberou, por exemplo, o sexo para os jogadores, desde que com moderação. Herrera, por outro lado, não quer nem ouvir falar do assunto durante a Copa.

“Se um jogador não pode aguentar um mês ou 20 dias sem ter relações, então não está preparado para ser um atleta profissional”, disse.

Os dois se conheceram pessoalmente no seminário da Fifa, em fevereiro, em Florianópolis. Na ocasião, segundo Herrera, Felipão teria dito que o México é “a pedra no caminho do Brasil”.

informações da imternet

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