O mercado financeiro apresentou um movimento de valorização do dólar nesta terça-feira (4), com a moeda americana se aproximando do patamar de R$ 5,30. Esse aumento foi impulsionado pela queda nos preços das commodities, pela desconfiança em relação aos ativos de risco e pela piora na percepção do cenário local. Ao final do dia, o dólar fechou cotado a R$ 5,2850, atingindo o maior nível desde março de 2023. Na mínima do dia, o dólar à vista chegou a ser negociado a R$ 5,2496, enquanto na máxima, a R$ 5,2961. Além do real, outras moedas de países emergentes e produtores de commodities também se desvalorizaram em relação ao dólar. O euro comercial, por exemplo, teve uma valorização de 0,80%, sendo cotado a R$ 5,7500. O movimento de desvalorização das moedas emergentes foi generalizado, com o dólar avançando contra diversas moedas, como o peso colombiano, o peso mexicano, a coroa norueguesa, o zloty polonês e o rand sul-africano.
A queda nos preços das commodities foi um dos principais fatores que influenciaram o mercado no início do dia. No entanto, ao longo da sessão, o real e outras moedas emergentes perderam força, refletindo uma preocupação com a desaceleração da economia global. A aversão aos mercados emergentes também foi alimentada por surpresas nas eleições de países como México, Índia e África do Sul.
Economistas do Itaú Unibanco preveem uma valorização global do dólar até o final do ano, com uma potencial apreciação adicional de 1,5%. Essa projeção também impacta a taxa de câmbio brasileira, com a estimativa do dólar a R$ 5,15 no final de 2024 e a R$ 5,25 em 2025. Já os strategistas do Barclays acreditam que as incertezas locais devem levar o real a ter um desempenho mais fraco em relação a outras moedas emergentes, devido aos riscos locais como a divisão do BC e a deterioração das condições fiscais.
Fonte: Jovem Pan