O dólar começou fevereiro com muita volatilidade, oscilando de R$ 5,32 a R$ 5,50, mas acabou acumulando queda na semana, de 1,66%. Foi a segunda semana consecutiva de baixa, mas mesmo assim a moeda americana ainda sobe 3,8% em 2021, mantendo o real como pior divisa no mercado internacional.
Nesta sexta-feira, declarações de Jair Bolsonaro e do ministro Paulo Guedes reafirmando compromisso com disciplina fiscal e negando interferência do Planalto na política de preços dos combustíveis da Petrobras ajudaram o dólar a engatar forte queda, amenizando parte das preocupações que ao longo da semana haviam pressionando o câmbio. O exterior positivo também ajudou, com o dólar caindo de forma generalizada ante divisas fortes e emergentes.
No fechamento, o dólar à vista encerrou a sexta-feira em queda de 1,20%, a R$ 5,3837. No mercado futuro, o dólar para março cedeu 1,01%, a R$ 5,3740.
A analista de mercados emergentes e moedas do alemão Commerzbank, Alexandra Bechtel, ressalta que os participantes do mercado seguem atentos às medidas que o governo vai tomar para lidar com o crescimento dos casos de covid. Se por um lado a volta da alta de juros pelo Banco Central deve ajudar a valorizar o real, por outro, a discussão sobre mais gastos pode pressionar a moeda brasileira. Mesmo com repetidas declarações do governo de respeito ao teto em 2021, falta clareza de detalhes, ressalta.