O Boeing 777 da Malaysia Airlines que está desaparecido há uma semana teve suas comunicações deliberadamente desativadas e seu último sinal veio cerca de sete horas e meia depois da decolagem, significando que voou tão longe quanto para o Casaquistão ou para o extremo sul do Oceano Índico, disse neste sábado o primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak.
A declaração de Razak confirmou dias de crescente especulação de que o desaparecimento do avião não era acidental, reposicionando a investigação na tripulação e nos passageiros do voo e destacando a grande tarefa para aqueles já encarregados de vasculhar vastas áreas do oceano. “Claramente a busca pelo voo MH370 entrou em uma nova fase”, disse Najib em uma coletiva televisionada.
Najib lembrou que os investigadores analisam todas as possibilidades de por que o avião se desviou tão drasticamente de sua rota original, dizendo que as autoridades não poderiam confirmar se houve ou não sequestrado. No início da manhã deste sábado na Malásia (que tem uma diferença de 11 horas em relação ao Brasil), uma autoridade do governo malaio classificou o desaparecimento da aeronave de sequestro, embora tenha dito que nenhum motivo tenha sido estabelecido e nenhuma demanda tenha sido feita.
“Perante essa nova descoberta, as autoridades malaias enfatizam a investigação na tripulação e nos passageiros a bordo”, disse Najib, que leu uma declaração, mas não respondeu perguntas.
Na manhã deste sábado, a polícia direcionou-se ao complexo onde o piloto do avião desaparecido vive em Kuala Lumpur, de acordo com um guarda e vários repórteres locais que foram impedidos de entrar no local. Autoridades disseram que avaliarão os pilotos como parte da investigação, mas não divulgaram nenhuma informação sobre seu andamento.
IG