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Desabamento de prédios em Marselha deixa ao menos oito desaparecidos

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Ao menos oito pessoas foram dadas como desaparecidas nesta segunda-feira (5) à noite após o desabamento de vários edifícios antigos e adjacentes no centro de Marselha (sudeste da França), uma catástrofe que alimenta a polêmica sobre o estado dos imóveis na cidade. O desabamento aconteceu às 9h locais (6h de Brasília). À tarde, um terceiro imóvel desabou parcialmente.

“Oito pessoas podem estar no edifício”, declarou o ministro do Interior, Christophe Castaner, que se foi ao local nesta segunda à noite, se mostrando “pouco otimista diante da situação”. “Dois pedestres podem ter sido arrastados pelo desabamento”, acrescentou.

“Estamos preocupados com essas oito pessoas”, disse Castaner. Existem “poucas chances de encontrar áreas onde existem sobreviventes, por ter desabado um terceiro imóvel que esmagou os escombros dos dois primeiros. Mas “enquanto existir uma dúvida mínima, buscaremos”, assegurou.

Entre os desaparecidos destacam-se uma mulher que não foi buscar sua filha na escola e outra que “nunca saiu de casa”, indicou anteriormente o presidente da região Provença-Alpes-Costa Azul, Renaud Muselier, falando em ao menos sete moradores desparecidos desses edifícios.

Várias testemunhas confirmaram à AFP a possível presença de pessoas nos edifícios no momento do desabamento. Pelo menos 100 bombeiros e 33 veículos foram mobilizados para procurar eventuais vítimas sob os escombros. As operações de busca podem durar vários dias.

(foto: Gerard Julien/AFP)

Vizinhos dos dois edifícios antigos ouviram um grande “boom” e logo viram uma espessa nuvem de poeira se elevar. Um funcionário da prefeitura, Julien Ruas, indicou que um dos edifícios ficou “fechado” há 10 dias devido a um problema de construção no primeiro andar. Mas “devemos procurar pessoas sob os escombros” do segundo prédio, apontou.

Como medida de precaução, as autoridades evacuaram “dezenas de pessoas que vivem nos outros dois edifícios adjacentes”, disse Philippe Bianchi, porta-voz da polícia. A polícia judicial, que abriu uma investigação, deve determinar a origem da catástrofe neste bairro desfavorecido do centro de Marselha e que tem muitos imóveis deteriorados. Segundo a prefeitura, isto pode ter acontecido devido às fortes chuvas dos últimos dias. Mas vários representantes da oposição apontam para as condições de moradia indignas.

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