O deputado federal Olival Marques (MDB-PA) retirou a assinatura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do 8 de janeiro (CPMI). A informação foi confirmada pelo autor do requerimento, o deputado federal André Fernandes (PL-CE). Marques assinou a CPMI no início deste mês, depois que o pedido já havia sido protocolado.
Agora a CPMI possui o apoio de 192 deputados e de 37 senadores. Ao todo, nove deputados recuaram depois de terem assinado o requerimento. Sendo eles:
Olival Marques (MDB-PA),
Geraldo Mendes (União Brasil-PR),
Junior Lourenço (PL-MA),
Max Lemos (Pros-RJ),
Célio Silveira (MDB-GO),
Detinha (PL-MA),
Josimar Maranhãozinho (PL-MA),
Chiquinho Brazão (União-RJ)
José Nelto (PP-GO).
Nas redes sociais, o deputado havia desabilitado a função de comentários em suas publicações, mas reativou depois. Muitos internautas estão cobrando um posicionamento do político no perfil oficial dele no Instagram.
Nesta segunda-feira, 27, faz um mês que a CPMI aguarda a leitura do requerimento por parte do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Pacheco precisa convocar uma sessão do Congresso Nacional para executar o ato.
Na quarta-feira 22, o presidente da Casa disse que a leitura deve acontecer entre 11 e 14 de abril deste ano. Os parlamentares que apoiam a CPMI trabalhavam para fechar um acordo com o senador mineiro até o fim desta semana. Se não, iriam acionar o Supremo Tribunal Federal contra Pacheco.
Enquanto o presidente da Casa não instala a comissão, o governo do presidente Lula tenta minar a CPMI — por exemplo, represando a liberação de emendas parlamentares. O objetivo da comissão é apurar os responsáveis pelos atos de vandalismo registrados nas sedes dos Três Poderes. A CPMI do 8 de janeiro quer investigar se houve leniência do governo com quem destruiu prédios públicos.