Política

Deputado diz que renúncia não anistia Cunha de crimes e aposta na sua cassação

Pedro Cunha Lima disse que renúncia deveria ter ocorrido há mais tempo e que o PSDB manterá posicionamento de votar pela cassação do mandato de Eduardo Cunha

pedrocunhalima

O deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) afirmou que a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB) da presidência da Câmara dos Deputados não o anistia de responder pelas denúncias que pesam contra ele e que acredita na cassação de seu mandato. Segundo ele, os deputados deverão se empenhar para que na próxima semana já seja escolhido um novo presidente para o parlamento e o PSDB ainda vai se reunir para definir se terá candidato próprio ou se apoiará um nome de outra legenda.

“A renúncia deveria ter acontecido há mais tempo e esse é o posicionamento de todo o PSDB. É importante fazer o registro de que o PSDB não votou em Eduardo Cunha, ficou em sua integralidade contrário ao deputado no Conselho de Ética, na CCJ também. E agora é retomar os trabalhos, a capacidade de tocar as sessões já que Waldir Maranhão não demonstrou esta capacidade”, disse.

O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA) deve convocar novas eleições em um prazo de até cinco sessões do plenário, considerando tanto as de votações quanto as de debate, desde que cada uma tenha, no mínimo, 51 deputados. Para Pedro Cunha Lima, esta nova eleição deve acontecer o quanto antes e o novo presidente ficará na função apenas até fevereiro do próximo ano, quando ocorre nova eleição. “Acredito que na próxima semana já estaremos com um novo presidente para que possamos reiniciar os trabalhos”, declarou.

Segundo Pedro, o PSDB ainda vai se reunir para se decidir sobre quem apoiará e buscará um nome de consenso para presidir a Câmara. “O PSDB até agora aguardava por esta vacância que aconteceu hoje, então seria prematuro eu falar pela bancada agora. Haverá uma reunião no partido para que a gente decida se lançaremos um nome ou se haverá apoio a algum de outro partido, sempre neste espírito de coalizão. Eu penso que pelo momento que o Brasil vive, o máximo de consenso que se conseguir é importante para o país, para que não haja uma nova ruptura, uma fissura e um novo processo eleitoral”, afirmou.

Eduardo Cunha responde entre outras coisas, por ter mentido à CPI da Petrobras, em março de 2015, quando disse que não possuía contas no exterior e Pedro Cunha Lima afirmou que votará pela sua cassação. O processo está em sua reta final. “A renúncia dele não o anistia de tudo que ele praticou e é acusado. Então o processo deve seguir, penso que haverá a cassação, porque são fatos que caminham de maneira independente”.

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