Brasil
Déficit da Previdência pode chegar a R$ 3 trilhões em 2050, diz TCU

A corte discutiu nesta terça-feira (17), em Brasília, a viabilidade do sistema, no evento “Diálogo Público – Sustentabilidade dos Regimes Previdenciários”. Conforme o ministro do TCU Vital do Rêgo, a corte vem alertando o governo ao longo dos últimos anos sobre a necessidade de promover mudanças urgentes. A solução, segundo ele, passa pela reforma da Previdência.
“A Previdência não é mais um problema de médio e longo prazo, como alertaram ou alardearam alguns. Já é um grave problema a ser equacionado. E o pior é que, se nada for feito, o problema tende a se agravar ainda mais”, afirmou.
Segundo Vital do Rêgo, a desaceleração econômica agravou o desequilíbrio previdenciário, já afetado por baixas taxas de fecundidade e o envelhecimento acelerado da população. O TCU calcula que o contingente de idosos no país, hoje em 22 milhões de habitantes, deve triplicar até 2050, piorando a situação das contas públicas.
Presente ao evento, o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, defendeu a capacidade de inclusão social do atual modelo. Segundo ele, 84% da população idosa do país participa hoje do sistema de seguridade social.
Rossetto reconheceu, no entanto, que as regras precisam ser repensadas, a fim de acompanhar, por exemplo, o aumento da expectativa de vida dos brasileiros. Para o ministro, o desafio do país é equilibrar as conquistas sociais obtidas nos últimos anos com o cenário demográfico atual e a capacidade de financiamento do sistema.
No evento, o ministério e o TCU assinaram um acordo de cooperação, cujo objetivo é promover o intercâmbio de informações e a cooperação técnico-científica na área.
G1