A Farsa

CPI compara casas de membros do MST com residência onde mora líder do movimento

No segundo dia de diligências da CPI do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) no estado da Bahia, um cenário de contrastes chocou os deputados que compõem a comissão. Os parlamentares Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), Ricardo Salles (PL-SP) e Capitão Alden (PL-BA) fizeram uma visita ao município de Itamaraju, onde revelaram as discrepâncias nas condições de habitação entre os assentados e os líderes do movimento.

A hostilidade que marcou o dia anterior, quando membros da CPI enfrentaram gritos, filmagens e tentativas de aproximação por parte dos líderes do MST, não diminuiu. No entanto, a presença da Polícia Federal foi fundamental para garantir a segurança dos deputados durante as diligências.

Os dados apresentados pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária no Brasil lançam luz sobre a situação na Bahia, que lidera o ranking das ações do MST, com um total de 15 invasões registradas até o último monitoramento do órgão.

O deputado Capitão Alden fez uma afirmação contundente: “Enquanto aqueles que são usados como ‘massa de manobra’ para invasões e práticas criminosas vivem em condições precárias e desumanas nos assentamentos, as lideranças do MST desfrutam de conforto e luxo. Não é improvável que parte dessa ‘massa de manobra’ sequer perceba que está envolvida em práticas de esbulho possessório”.

A realidade encontrada nos assentamentos foi descrita pelo relator da CPI, Ricardo Salles: “Visitamos as casas dos assentados que receberam títulos provisórios durante o governo do presidente Bolsonaro. Encontramos pessoas simples vivendo em habitações extremamente pobres, se é que podemos chamá-las de casas. Uma senhora com cinco filhos, que reside ali há 15 anos, e um senhor que está no local há 13 anos, ambos vivendo em condições de extrema pobreza. Casas cobertas por lonas, com chão de terra batida. Uma realidade de muita carência”.

Salles prosseguiu: “Não é mera coincidência que a líder do assentamento possua uma casa com varanda, churrasqueira e cercas. Isso é uma ilustração da disparidade entre os líderes e os assentados que fazem parte dessa indústria de invasões de terra no Brasil”.

O presidente da Comissão, Tenente Coronel Zucco, expressou sua avaliação sobre a situação: “Nossa busca é por uma reforma agrária justa e igualitária. Não é admissível que as lideranças desfrutem de privilégios enquanto aqueles que participam das invasões sejam proibidos de obter a titulação”.

Enquanto a CPI do MST continua suas diligências na Bahia, o contraste chocante entre as condições de vida dos líderes e dos assentados coloca em evidência um dos dilemas mais profundos enfrentados pelo movimento e pelas políticas de reforma agrária no Brasil.

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