Até pouco tempo atrás, Romero, Giovanni Augusto e Kazim eram motivos de piada no Corinthians. Mas quis o destino que o trio, tão contestado, fizesse a diferença e tivesse grande importância na conquista dos últimos nove pontos da equipe no Brasileirão. Ponto para o técnico Fábio Carille, que sempre reforça a importância do elenco.
A sequência dos salvadores contestáveis teve início no clássico com o Palmeiras. O atacante Romero, que não marcava desde o dia 12 de julho, totalizando 23 jogos, abriu o caminho para a vitória alvinegra por 3 a 2. Dois jogos antes, o paraguaio chegou a amargar o banco de reservas contra o Botafogo.
Na partida contra o Atlético-PR, o confronto estava amarrado e parecia que o empate sem gols seria o resultado provável. Giovanni Augusto era a única opção na criação de jogadas, já que Jadson estava suspenso, e Carille decidiu dar mais uma oportunidade para ele. “Eu não desisto de atleta e sabia que o Giovanni ainda poderia nos ajudar”.
Dito e feito. Sem marcar desde o dia 29 de outubro do ano passado, o meia acertou um chute de fora da área e contou com a falha do goleiro Weverton para marcar o gol da vitória sobre o Atlético-PR e encaminhar o Corinthians na conquista do título.
Outro destaque improvável nesse jogo e que também merece destaque é o goleiro Walter. Ele entrou no lugar de Cássio que estava com a seleção brasileira e defendeu um pênalti quando a partida estava 0 a 0. Depois, saiu machucado.
No último sábado, foi a vez de o turco Kazim entrar para o hall dos criticados que resolvem. Ele jogou no lugar de Jô, suspenso, e soube aproveitar um cruzamento de Guilherme Arana para desviar de peito, garantir mais um resultado positivo para a equipe alvinegra e voltar a marcar após quase nove meses. Seu último gol foi dia 18 de fevereiro, contra o Audax, pelo Campeonato Paulista.
Essa curiosidade de contar com gols de quem menos se esperava foi tema da palestra de Carille com os jogadores, após a vitória sobre o Avaí. “O Giovanni entrou em Curitiba e, além de ajudar no jogo, fez o gol decisivo. O Kazim tenho certeza de que se tiver mais oportunidades, melhora o jogo dele. Ele precisa de jogo, mas o Jô não está dando esse espaço porque está fazendo um ano maravilhoso. Sei que se o Kazim ganhar ritmo, vai melhorar, mas não está tendo espaço para isso. Estou muito feliz mesmo pelo retorno que ele deu”, comemorou.
O turco, que volta para o banco de reservas diante do Fluminense, era só alegria nesta segunda-feira, durante entrevista coletiva no CT Joaquim Grava. “Esse é o momento mais importante da minha carreira. Não tenho palavras para explicar para vocês, porque é meu sonho de chegar aqui e ganhar campeonato. Está muito perto”, comemorou.