Justiça

Conheça quem é a juíza que decidiu pelo afastamento de Rosilene Gomes

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A juíza Renata da Câmara Belmont, da 8ª Vara Cível de João Pessoa, foi a responsável pelo afastamento de Rosilene Gomes da Federação Paraibana de Futebol (FPF). Ela considerou “fortes indícios de irregularidades” na eleição realizada em junho do ano passado. O GloboEsporte.com foi procurar saber mais da mulher que acabou com a ‘Dinastia Gomes’ depois de quase três décadas no comando do futebol paraibano.

Com 42 anos, quinze deles dedicados à magistratura, Renata da Câmara Belmont é uma “pessoa simples e caseira”, como se define. A juíza de fala serena, que não gosta de futebol e que adora ver desenho animado ao lado do filho, tem uma folha extensa de serviços prestados à Justiça da Paraíba.

Natural de João Pessoa, ela ‘estreou’ na magistratura em 1998, como juíza da Comarca de Alagoinha. Dois anos depois, assumiu a titularidade em Sapé. Passou mais três anos em Campina Grande, de 2002 a 2005, quando finalmente retornou à capital paraibana para assumir a 8ª Vara Cível de João Pessoa. Como juíza substituta, também passou pelas comarcas de Rio Tinto, Guarabira e Mari, o que provocou até um comentário bem-humorado.

– Já passei por muitas cidades. Só não trabalhei no Sertão. Costumo dizer que a minha cota de Sertão acabou ao acompanhar minha mãe, que era promotora de justiça e passou muitos anos vivendo em Patos – brincou a juíza, lembrando da infância.

Casada há mais de 20 anos e mãe de dois filhos (um de 15 e outro de 9 anos), Renata da Câmara Belmont não gosta de futebol. Não torce para nenhum time paraibano, embora se diga flamenguista mais para uma ‘provocação’ ao marido, que é vascaíno.

– Na verdade, lá em casa ninguém gosta muito de futebol. Digo que sou flamenguista, mas não acompanho o time. Meus filhos também não curtem o futebol. Prefiro os trabalhos manuais, como tricô e crochê, embora ultimamente não tenha muito tempo para isso – destacou Renata, que quando era adolescente treinava natação e chegou a fazer parte da seleção do Grêmio Cief.

Mesmo sem gostar de futebol, a juíza já entrou para a história com a decisão de afastar Rosilene Gomes – mesmo que temporária, já que a presidente recorreu e ainda pode retornar à FPF. No despacho do desembargador João Alves da Silva, que recebeu a apelação da defesa de Rosilene, a juíza deverá ser ouvida na próxima semana para saber se os documentos apresentados são suficientes para reverter a decisão. Ela tem um prazo de cinco dias a partir do momento que recebe a notificação, o que só deve acontecer na segunda-feira.

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