Condenado até o momento a 198 anos e seis meses de prisão, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (MDB), decidiu fazer uma delação premiada junto ao MPF (Ministério Público Federal) e a PGR (Procuradoria-Geral da República). Em razão disso, seu advogado, Rodrigo Rocca.
Rocca defendia Cabral desde novembro de 2017, quando ele foi preso acusado de chefiar suposto esquema de desvios de R$ 210 milhões dos cofres públicos. O MPF ainda não se manifestou sobre a veracidade das negociações do acordo.
“Vou deixar a defesa sim. Não compactuo e não atuo em delações, premiadas ou não. Mas não houve desentendimento e sim, um consenso sobre a necessidade da minha saída para ingresso de outro colega”, disse Rocca neste domingo (23) em resposta ao UOL.
Informações preliminares revelam que o eventual acordo de delação poderia envolver figuras do alto escalão do Poder Judiciário Carioca e do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Cabral já admitiu ter recebido caixa dois, mas nega propina e favorecimento de empreiteiras pela execução de obras públicas.
Em seu último depoimento ao juiz federal Marcelo Bretas, que comanda a Operação Lava Jato no Rio, Cabral mudou de tática e preferiu se calar. Antes, ele sempre respondia às perguntas em seu interrogatório.
UOL