O primeiro dia da COP30, em Belém, começou com um problema inesperado para quem frequentava a Zona Verde (Green Zone), área aberta ao público da Conferência do Clima da ONU.
Muitos visitantes que deixaram para almoçar um pouco mais tarde nesta segunda-feira (10) acabaram passando fome: a comida disponível nos quiosques se esgotou rapidamente, apesar dos altos preços que já haviam causado polêmica durante a Cúpula de Líderes na semana anterior.
O espaço reservado à alimentação oferecia poucas opções de refeição — em geral, apenas sanduíches e lanches rápidos. De acordo com reportagem da Veja, uma vendedora relatou que as coxinhas e os sanduíches naturais se esgotaram por volta das 15h, mesmo com a programação do evento seguindo até as 19h em alguns estandes, como o do governo federal.
Com a escassez de comida, muitos visitantes improvisaram o almoço com sorvetes e doces. O quiosque da sorveteria Ice Bode registrou longas filas de brasileiros e estrangeiros, e os potes de sorvete se esvaziavam rapidamente.
Em outro ponto, o único item restante era uma fatia de bolo simples vendida a R$ 25, acompanhada de latinhas de refrigerante. Diante da situação, algumas vendedoras chegaram a rir em solidariedade ao espanto dos consumidores.
Diversos estabelecimentos permaneceram fechados durante o período da tarde. Uma visitante chegou a pedir ajuda a um vendedor de um quiosque onde restavam apenas garrafas de gin, e ouviu que os comerciantes não esperavam tanto movimento no primeiro dia da conferência. “Amanhã tem mais”, respondeu ele.
O site oficial da COP30 alerta que, por questões de segurança, é proibido levar alimentos externos para dentro da Zona Verde. Já na Zona Azul, onde ocorrem as negociações oficiais entre delegações, o abastecimento de comida seguiu normalmente, com mais opções e menos filas.
Foto: divulgação; Fonte: Veja
