Política

Ciro Gomes alfineta o irmão Cid sem o citar e diz que ‘não aceita suborno’

O ex-governador e ex-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT), fez uma declaração polêmica durante a convenção do PSDB cearense, afirmando que a ala dele do PDT não “aceita suborno”.

O evento conduziu o vice-prefeito de Fortaleza, Élcio Batista, ao comando da sigla tucana no estado. Ciro também sinalizou apoio ao PSDB local e ao ao ex-senador Tasso Jereissat.

“O Ceará, Fortaleza, precisa muito do Tasso Jereissati e do PSDB. E contem conosco, contem conosco, porque esse pedaço do PDT que tá aqui não aceita suborno”, declarou Ciro.

A fala de Ciro ocorre em meio a uma disputa com o irmão do ex-governador, o senador Cid Gomes (PDT-CE), sobre o apoio ao governador Elmano de Freitas (PT). Ciro prefere que o partido seja oposição, enquanto Cid defende uma aliança com o PT.

Recentemente, uma reunião nacional do partido decidiu intervir na disputa entre os irmãos no Ceará, o que levou Cid a ameaçar deixar o partido. A disputa também envolve divergências sobre as alianças para as eleições municipais do próximo ano.

A situação se complicou quando o deputado federal André Figueiredo (PDT-CE), com o apoio de Ciro, destituiu a Executiva do Ceará. Isso levou a uma série de manobras judiciais e intervenções da Executiva Nacional.

Nesta segunda-feira (30), a crise no PDT do Ceará ganhou novos contornos quando o deputado estadual Evandro Leitão, conseguiu autorização do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará para se desfiliar do partido sem perder o mandato. A decisão da Justiça Eleitoral foi unânime.

O parlamentar, que preside a Assembleia Legislativa, alegou que sofria perseguição dentro do partido. Leitão disse que disputou o pleito de 2022 sem receber repasses do fundo eleitoral.

Diário do Poder / Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado).

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