"Isso pode Arnaldo?"

Chefe de gabinete de Randolfe doou para a campanha do senador

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O economista Charles Chelala, atual chefe de gabinete do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), doou R$ 2 mil em serviços de motorista para a campanha do chefe. Outros dois integrantes da família Chelala – Cláudia, a mulher de Charles; e Nader, um dos filhos – também doaram recursos para a candidatura de Randolfe. Na prestação de contas apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), consta o total de R$ 9 mil vindos do assessor.

As relações entre pessoas e empresas que atuaram na campanha, seja como doador ou fornecedor, não param no chefe de gabinete. Quatro fornecedores da campanha de Randolfe ao Senado em 2018 foram contratados para prestar serviços ao parlamentar depois de eleito e pagos com dinheiro público.

A empresa Eco Serviços cobrou R$ 26.208,00 por pesquisas eleitorais na campanha ao Senado em 2018, segundo dados enviados ao TSE. A mesma empresa recebeu do gabinete do senador R$ 29.222,00 desde janeiro de 2019.

Nas notas fiscais que constam na prestação de contas dos gastos de Randolfe no Senado, os serviços da Eco são de consultoria na área de pesquisa socioeconômica.

A mais recente pesquisa, realizada entre 14 e 17 de julho deste ano, custou R$ 15 mil. Segundo a nota fiscal, foram entrevistadas 988 pessoas em 9 cidades do Amapá, base eleitoral de Randolfe, que responderam as seguintes perguntas: “Qual o principal problema do Estado do Amapá? E o conhecimento sobre a CPI da covid-19”.

A maior fornecedora da campanha, a Set Filmes, recebeu R$ 561.151,59 para fazer os programas de televisão do candidato ao senado em 2018. Em julho deste ano, a produtora recebeu R$ 16.300,00 para produzir a campanha “Onde tem Trabalho, tem Randolph”, descrito desta maneira na nota fiscal anexada na prestação de contas.

Outros fornecedores de campanha, como a gráfica RMR de Almeida e a Aerotop, que fretou avião para o candidato na campanha, também prestaram serviços ao gabinete do político depois da eleição. Na prestação de contas do Senado, consta que foi feito fretamento aéreo usando a aeronave Sêneca III prefixo PT-RYT no dia 8 de maio, um sábado.  O valor pago foi de R$ 8.900,00.

O avião tem capacidade para até 6 passageiros, mas a nota fiscal não descreve quem viajou naquele dia. Consta apenas que a aeronave decolou do Aeroporto de Macapá, seguiu até o Aeroporto de Monte Dourado, em Almeirim, no Pará e, depois, retornou para a capital do Amapá.

Desde a última quinta-feira tentamos contatos com o Senador Randolfe Rodrigues, por meio de email, do telefone celular da assessoria e do gabinete do parlamentar, mas até o momento não recebemos uma resposta sobre as informações dessa reportagem.

R7 –  Tony Chastinet

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