O Catar deverá anunciar sua saída como mediador entre Israel e o Hamas, após meses de tentativas fracassadas para alcançar um cessar-fogo e um acordo de troca de reféns na Faixa de Gaza. O Ministério das Relações Exteriores do Catar confirmou a suspensão das negociações, que também contavam com esforços dos Estados Unidos e do Egito. Desde o início do conflito, apenas uma trégua foi acordada, em novembro de 2023, permitindo trocas limitadas de prisioneiros e reféns.
Segundo o porta-voz Majed al-Ansari, o Catar comunicou às partes envolvidas, há cerca de dez dias, que abandonaria temporariamente as mediações se não houvesse avanços. A retomada dos esforços, afirmou, dependerá da demonstração de boa vontade e seriedade nas negociações.
Enquanto o conflito continua, a situação humanitária na Faixa de Gaza se agrava. A ONU alertou neste sábado para o risco iminente de fome no território palestino, após a destruição de lares e estoques de alimentos. No mesmo dia, bombardeios israelenses atingiram uma escola que abrigava deslocados, matando cinco pessoas, incluindo crianças, e ataques a tendas em Khan Yunis resultaram em nove mortes.
O impacto do conflito se estendeu também ao Líbano, onde o Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã, abriu uma frente contra Israel. Desde setembro, mais de 2.700 pessoas foram mortas no Líbano, a maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde libanês. Em resposta aos ataques com foguetes do Hezbollah, o Exército israelense intensificou sua ofensiva, com o objetivo declarado de conter o grupo e permitir o retorno dos residentes do norte de Israel.
Jovem Pan