Diversos relatos de candidatos que se sentiram prejudicados durante a aplicação das provas do concurso do Conselho Regional de Enfermagem da Paraíba (Coren-PB) invadiram as redes sociais. Pessoas entrando no local de prova após o horário previsto para o início da realização das provas, salas com menos de 50% dos candidatos presentes e a não entrega da prova de redação foram as principais queixas dos candidatos. O concurso, que está oferecendo 15 vagas, sendo 10 para nível médio e cinco para nível superior, teve suas provas aplicadas no último domingo (11).
De acordo com a candidata Kamilla Kafran, que estava prestando prova na Escola Estadual Argentina Pereira Gomes para o cargo de enfermeira fiscal, a primeira coisa que lhe chamou a atenção foi o fato de só ter um fiscal em sua sala. “Faço concurso há um ano e esse foi o primeiro com apenas um fiscal fiscalizando a prova”, pontua. O pior, no entanto, ainda estava por vir: embora estivesse previsto no edital que haveria prova discursiva, ela não foi entregue junto com a prova objetiva. “Quando o fiscal terminou de entregar as provas, uma candidato perguntou onde estava a redação e o fiscal disse que se não estava no malote era porque não teria redação”, afirma.
Segundo ela, somente após terem sido transcorridas mais de duas horas de prova e ter sido constatado que pessoas de outras salas estavam fazendo a redação é que foi chamado o supervisor e foram, finalmente, entregues as provas de redação. “Ficou nítido que o fiscal não reportou ao supervisor no início do concurso o que tinha acontecido, mostrando o quanto o fiscal estava despreparado. Além disso, quando o supervirsor chegou com as provas, o malote já estava aberto. Demorou em torno de 20 minutos pro pessoal acalmar os ânimos. Eu tentei fazer mas já estava sem cabeça. Era no mínimo 30 linhas e no máximo 50. Escrevi 27, não sei como. Saindo do concurso, fiz um BO com o corrido e ontem entrei no Ministério Público Federal”, afirma Kamilla.
“Uma coisa que achei totalmente absurda foi a fiscal da minha sala não ter pedido nenhum documento de identificação”, afirmou a candidata que preferiu não ter sua identidade revelada. Outros candidatos, ainda, relataram casos em que as provas teriam começado muito depois do previsto e que até mesmo os malotes com as provas objetivas teriam chegado já abertos às salas onde seriam aplicadas as provas. Alguns nomes constavam diversas vezes nas listas de candidatos, enquanto outros não apareciam nem uma vez, prejudicando os candidatos.
A reportagem tentou entrar em contato com a Contemax, organizadora do certame, e com o Coren, no entanto, até às 16h desta terça-feira, ninguém atendeu às ligações.
Jornal da Paraíba