A Justiça da Paraíba encaminhou para doação cerca de 30 animais que estavam em uma granja, no município do Conde, que pertencia ao padre Egídio de Carvalho, ex-diretor do hospital Padre Zé e suspeito de desviar recursos que podem chegar a R$ 140 milhões. Os animais foram retirados do local no dia 7 de dezembro e enviados para uma ONG de proteção animal após uma ação conjunta do Gaeco/MPPB e a defesa do padre.
A doação de cerca de 20 cachorros e 10 gatos ao Ministério Público da Paraíba foi solicitada após o padre não ter mais condições de arcar com as despesas dos animais. Além disso, Egídio de Carvalho não teria parentes na região de João Pessoa para assumir a tutoria.
Após a prisão do padre no dia 17 de novembro, os animais continuaram sendo acompanhados por um veterinário, que também fornecia a ração para os 30 bichos, mas que não poderá continuar com os cuidados.
Foi solicitado ainda à Justiça que os animais não fossem considerados apenas “bens” do padre e defendeu que a questão tratada era a vida de seres vivos.
Cerca de 13 cachorros eram da raça Spitz Alemão, que em sites de vendas online custam até R$ 6 mil.
Pelo menos dois animais morreram na granja, o que teria motivado a ação do Gaeco. A defesa do padre também explicou que os cães e gatos foram encaminhados para um ONG de proteção aos animais, escolhida pelo MPPB, que ficou responsável por doar os animais para tutores com condições financeiras para fornecer os cuidados necessários para os bichos. O nome da ONG não foi divulgado.
A granja foi um dos 11 alvos da operação ‘Indignus’, deflagrada no dia 5 de outubro para investigar desvios de recursos públicos do Hospital Padre Zé. Diversos artigos de luxo foram encontrados na granja, incluindo móveis, eletrodomésticos, itens de colecionador e o canil de cães de luxo.
Um caseiro foi encontrado no local e confirmou que o imóvel pertencia ao padre, mas ele não frequentava o local há um certo tempo.
A Polícia Civil da Paraíba também investiga uma denúncia de que uma granja do padre Egídio de Carvalho Neto foi arrombada no dia 11 de novembro. Os policiais foram acionados nas primeiras horas da manhã e rapidamente uma equipe foi até o local.
O caso está sendo investigado pelo delegado Hugo Hélder, da Delegacia Seccional de Alhandra. E chama a atenção principalmente porque acontece em meio a investigações que pesam contra o religioso, alvo da Operação Indignus.
Fonte: Notícia Paraíba