Cachaça e aguardente. Elas podem até ser parecidas no sabor e usadas como sinônimo por aí. Mas afinal, as duas bebidas são a mesma coisa?
A resposta mais simples para isso é: depende. É que toda cachaça é uma aguardente. Mas nem toda aguardente é uma cachaça. Ambas as bebidas foram tema do episódio desta semana do podcast “De onde vem o que eu como”.
A aguardente – O teor alcóolico pode variar entre 38 e 54%. É um destilado de um produto vegetal, por isso pode ser de cana-de-açúcar.
A cachaça – Nome exclusivo da aguardente de cana produzida no Brasil. O teor alcoólico pode ser um pouco menor que o da aguardente: varia de 38 a 48%.
Moral da história – Enquanto a aguardente pode vir de outros vegetais, a cachaça só é feita com cana-de-açúcar e recebe esse nome apenas se for produzida no Brasil. Se tiver origem em outro país, é chamada “aguardente de cana”.
A aguardente pode ser ainda mais forte que a cachaça, porque a graduação alcoólica pode chegar a 54%.
E cachaça envelhecida? Assim define a Portaria nº 339, de 28 de junho de 2021:
Cachaça envelhecida: bebida que contiver, no mínimo, 50% de seu volume envelhecido em recipiente de madeira, com capacidade máxima de 700 litros, por um período não inferior a 1 ano
Segundo o Ibrac, Instituto Brasileiro da Cachaça, mais de 30 tipos de madeira podem ser usados no envelhecimento da cachaça, entre elas a amburana, o jequitibá e a castanheira.
A cor, o aroma e o sabor da cachaça mudam de acordo com a madeira usada no processo.
g1