Uma das vozes mais indignadas com o escândalo no vôlei nacional, o técnico Bernardinho mudou o foco de suas críticas à situação do Brasil em entrevista publicada nesta sexta-feira pela Folha de S. Paulo. O treinador da Unilever e da Seleção masculina criticou a preparação do País para a Copa do Mundo e para a Olimpíada de 2016 e relacionou o atraso nas entregas a uma crise de valores. “Aqui, tudo é possível. A permissividade é absoluta. A Copa está a 50 dias e temos o que temos, a Olimpíada a dois anos e é aquela história de dar um jeito depois”, disse, antes de pedir mudanças. “É um país que precisa dar uma guinada no que diz respeito ao seu futuro”, disse.
Especificamente sobre a crise no vôlei, desencadeada após uma série de reportagens sobre pagamentos de comissões em contratos de patrocínio, Bernardinho aponta um caminho menos turvo. “As mudanças estão acontecendo, claramente. Talvez não na velocidade que nós gostaríamos. Práticas do passado não acontecem mais”, disse.