Apesar da baixa inflacionária registrada nos últimos meses, o preço de alguns alimentos nos supermercados ainda assusta os consumidores. O tomate, a cebola, a batata-inglesa e as carnes registraram alta no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de dezembro.
Em dezembro, o IPCA-15 registrou queda de 0,16%. Foi a menor taxa para dezembro desde a implantação do Plano Real, em 1994. O grupo Alimentação e Bebidas mostrou desaceleração: em novembro, o grupo teve alta de 0,54% e, em dezembro, de 0,35%. O tomate, que apresentou elevação de 50,76% em novembro, registrou aumento de 8,76% neste mês. A batata-inglesa subiu 17,97% em novembro e mais 17,80% em dezembro. A cebola ficou 10,01% mais cara no mês passado e, neste, aumentou outros 34,16%.
Segundo o presidente do Fecomércio DF, Adelmir Santana, a alta desses alimentos é normal nesta época. “Isso está ligado a uma questão sazonal. São produtos perecíveis, que sofrem perdas com frequência”, explicou. De acordo com Santana, é necessário que a população tenha consciência do vaivém nos valores desses alimentos.
Hábito
Para ele, os brasileiros precisam adquirir o hábito de substituir o consumo de alguns produtos em determinadas épocas. “Os preços aumentam em razão da produção. A população precisa ter consciência de que isso faz parte da economia de mercado e se organizar para não perder poder de compra”, afirnmou. Santana ponderou que, embora afete o orçamento de algumas famílias, as elevações específicas de preços, devido à rotatividade, não geram impacto na inflação. “Esse cenário pode mudar rapidamente. Todos os anos, sempre aparecem alguns vilões do mercado, é comum.”
Pesando no bolso
Apesar da queda de 0,16% registrada no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), produtos como tomate, cebola, batata-inglesa e carnes registraram fortes aumento em dezembro
Novembro | Dezembro
Índice Geral: 0,19% | -0,16%
Alimentação e Bebidas: 0,54% | 0,35%
Tomate: 50,76% | 8,37%
Cebola: 10,01% | 34,16%
Batata-inglesa: 17,97% | 17,80%
Carnes: — | 0,92%
Fonte: IBGE