A greve dos bancários pode ser encerrada na segunda-feira (26), com retorno ao trabalho na terça-feira (27) na Paraíba, após 21 dias de paralisação. A previsão é do presidente do Sindicato dos Bancários no estado, Marcos Henriques. Segundo ele, uma nova assembleia está marcada para as 19h para avaliar a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), mas comando nacional de greve orienta o fim da paralisação.
A Fenaban procurou o Comando Nacional dos Bancários, que estava em plantão neste sábado (24), para apresentar uma proposta global de encerramento da Campanha Nacional 2015. Além dos reajustes de 10% para os salários, para a PLR e para o piso e o de 14% para os vales refeição e alimentação, já ofertados na sexta-feira (23), os banqueiros aceitaram abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total de 112 horas. Assim, um dia após a assinatura do acordo, os trabalhadores, compensariam, no máximo, uma hora por dia útil, até o dia 15 de dezembro.
A nova proposta da Fenaban, apresentada no 19º dia da greve, significa a manutenção do modelo que vinha sendo colocado em prática nos últimos anos, de reposição integral da inflação mais aumento real e abono parcial dos dias parados. Na proposta inicial, que levou os bancários à greve, os banqueiros se negavam até mesmo a repor a inflação do período e tentaram reconstruir um modelo ultrapassado de abono salarial.
“Os banqueiros tentaram impor uma derrota a categoria, inicialmente com um reajuste abaixo da inflação. A greve reverteu essa tentativa. Depois, a Fenaban queria, para punir os grevistas, com o pagamento ou a compensação total das horas. Mais uma derrota para os bancos. Foi uma surpreendente vitória da unidade e da determinação da nossa categoria. Sem a forte greve que fizemos não teria sido possível!”, comemorou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional.
Saúde – Os bancos apresentaram um termo de entendimento a ser assinado entre os seis maiores bancos e o movimento sindical bancário com mesas específicas para tratar de ajustes na gestão das instituições de modo de reduzir as causas de adoecimento e afastamento. As comissões de empresa acompanharão para garantir a melhoria das condições de trabalho.
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