CPI

Bancada do PT não apoiou CPI que investigará crime organizado

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), confirmou nessa quarta-feira (29) que será instalada, na próxima terça-feira (4), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado.

O requerimento que deu origem à comissão foi apresentado em 5 de fevereiro de 2025 e contou com 31 assinaturas — número superior ao mínimo necessário — sem adesão de nenhum senador da bancada do PT.

De acordo com o ato assinado por Alcolumbre, a CPI terá como missão investigar a estrutura, o crescimento e o funcionamento do crime organizado no Brasil, com atenção especial à atuação de milícias e facções criminosas, entre elas o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC).

“Determinei a instalação da CPI do Crime Organizado para a próxima terça-feira (4), em entendimento com o senador Alessandro Vieira. A comissão irá apurar a estruturação, a expansão e o funcionamento do crime organizado, com foco na atuação de milícias e facções. É hora de enfrentar esses grupos criminosos com a união de todas as instituições do Estado brasileiro, assegurando a proteção da população diante da violência que ameaça o país”, afirmou o presidente do Senado em nota oficial.

A expectativa é que as sessões se tornem palco de embates entre governistas e a oposição. Para reequilibrar as forças, os governistas indicarão o senador Fabiano Contarato (PT-ES) para a presidência do colegiado, enquanto esperam que Alessandro Vieira fique com a relatoria.

A decisão ocorre dias após a megaoperação policial no Rio de Janeiro, considerada a mais violenta da história do estado, com 64 mortos, o que intensificou o debate no Congresso sobre a necessidade de investigar de forma mais ampla a influência de facções e milícias em diversas regiões do país.

A CPI contará com 11 membros titulares e 7 suplentes, e terá um prazo inicial de 180 dias para concluir seus trabalhos. As indicações dos integrantes serão feitas pelos blocos partidários logo após a formalização da comissão.

As assinaturas para a criação da CPI foram coletadas no primeiro semestre. O senador Rogério Carvalho (PT-SE), que será membro titular da CPI, diz que não houve nenhuma orientação contra a instalação dos trabalhos e que a bancada governista pretende brigar pelo comando.

“Quando eu fui assinar, já tinham dado entrada no requerimento, foi muito rápido. Inclusive indicamos os nomes e estamos no páreo para participar da direção”.

Senadores que assinaram o pedido de criação da CPI do Crime Organizado:
Alessandro Vieira (MDB)

Lucas Barreto (PSD)

Esperidião Amin (PP)

Wellington Fagundes (PL)

Astronauta Marcos Pontes (PL)

Margareth Buzetti (PSD)

Confúcio Moura (MDB)

Weverton (PDT)

Sérgio Petecão (PSD)

Eduardo Braga (MDB)

Marcelo Castro (MDB)

Hamilton Mourão (Republicanos)

Ivete da Silveira (MDB)

Eduardo Girão (Novo)

Veneziano Vital do Rêgo (MDB)

Fernando Farias (MDB)

Flávio Arns (PSB)

Sergio Moro (União Brasil)

Damares Alves (Republicanos)

Wilder Morais (PL)

Magno Malta (PL)

Jorge Kajuru (PSB)

Zequinha Marinho (Podemos)

Tereza Cristina (PP)

Flávio Bolsonaro (PL)

Jorge Seif (PL)

Carlos Portinho (PL)

Efraim Filho (União Brasil)

Marcos Rogério (PL)

Styvenson Valentim (PSDB)

Soraya Thronicke (Podemos)

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