Congresso

Bancada da PB segue dividida para votação da denúncia contra Temer; três a favor, três contra e seis indecisos

Dos 12 deputados federais pela bancada da Paraíba, apenas três já declararam publicamente que são favoráveis a denúncia da Procuradoria Geral da República, para investigar o presidente Michel Temer (PMDB), são eles: Veneziano Vital (PMDB), Pedro Cunha Lima (PSDB) e Luiz Couto, do PT.

Outros três parlamentares fazem o caminho inverso e já declararam publicamente o contrário, ou seja, que vão salvar o presidente e evitar que ele seja investigado por crime de corrupção. Os que são a favor de Temer são os deputados Aguinaldo Ribeiro (PP), André Amaral (PMDB) e Hugo Motta (PMDB).

Já a outra parte da bancada segue indecisa. Mesmo com alguns integrando a base governista, eles ainda não sabem se apoiam a denúncia ou se serão contra a investigação do peemedebista.

Faltam decidir:

Benjamin Maranhão (SD)

Damião Feliciano (PDT)

Efraim Filho (DEM)

Rômulo Gouveia (PSD)

Wellington Roberto (PR)

Wilson Filho (PTB)

A DENÚNCIA

As acusações do Ministério Público contra Temer têm como base a delação premiada dos executivos da J&F, controladora da JBS. Por se tratar do presidente da República, o Supremo Tribunal Federal (STF) só poderá analisar a denúncia se receber autorização da Câmara. Cabe aos deputados, no plenário da Casa, a palavra final sobre autorizar ou não a continuidade do processo no Poder Judiciário.

Para que a denúncia seja autorizada, ao menos 342 deputados terão que votar contra o parecer aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), do relator Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que recomenda a rejeição da denúncia. Na terça (1º), está prevista a leitura do parecer de Abi-Ackel no plenário da Câmara. O procedimento faz parte da tramitação na Casa e permitirá que a matéria entre na pauta de votação na quarta-feira.

Não é certo que a votação será na quarta, já que partidos da oposição, preocupados com uma possível vitória de Temer, avaliam não marcar presença em plenário. A mesma estratégia passou a ser estudada pelos governistas, o que pode inviabilizar a votação, que exige pelo menos 342 deputados registrados em plenário. Sessão

A votação da denúncia será nominal, com chamada dos deputados ao microfone, que responderão “sim”, “não” ou “abstenção”, no mesmo formato da votação do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.


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