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Argentino Frontini conta como o amor pelo Brasil o fez virar a casaca na Copa

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Jogador do Botafogo-PB, o atacante argentino Frontini já deixou de lado qualquer sonho de jogar uma Copa do Mundo. Com 32 anos de idade, o atleta acredita que agora o seu “papel” é apenas de torcedor. Mas se engana quem acha que ele vai vibrar pela seleção hermana, do seu país de origem. O botafoguense admite que já torceu pela Argentina em copas anteriores, muito por influência de seu pai, mas que em 2014 escolheu vestir a camisa verde e amarela e torcer pelo hexacampeonato brasileiro neste ano.

E pelas redes sociais, deixou um recado bem inusitado:

– Argentina é o c. Aqui é o Brasil na Copa p. – escreveu, junto com uma foto de toda a família vestido de verde e amarelo.

Frontini lembra que em 1990, quando tinha apenas 12 anos, torcia pela Argentina. E comemorou, por exemplo, a eliminação brasileira nas oitavas-de-final daquela Copa. A influência paterna era evidente. Mas depois veio a derrota na final para a Alemanha e o choro pela eliminação.

Na Copa de 1994, nova derrota. Desta vez ainda nas oitavas de final. E de quebra viu o Brasil ser tetracampeão nos Estados Unidos.

Foi um baque. Que começou a deixá-lo em dúvida sobre em quem torcer. E depois que começou a conhecer mais a fundo o futebol e decidiu seguir a carreira de jogador, acabou mesmo virando a casaca e passou a torcer para Brasil. Até porque a mãe e os dois irmãos são brasileiros e já torciam pela Seleção. O pai do jogador, assim, é o único que ainda hoje torce pela Argentina.

Frontini admite também que o fato dele ter construído toda a sua carreira no Brasil, ajudou na sua decisão de torcer pelo time canarinho. E que ao fazer isto ele pensa no próprio futuro:

Eu vim para o Brasil com cinco anos. Minha esposa é brasileira, meus três filhos também. Então, vamos todos torcer para o Brasil”
Frontini, atacante do Botafogo-PB

– Pra mim, jogador de futebol tem que ser inteligente. Se eu estou atuando no Brasil, é interessante que a seleção do país seja campeã, para valorizar o futebol do lugar. Já joguei na Ucrânia e torci para a seleção ganhar a Eurocopa. Assim como no ano que eu estava na Coreia. Lógico que eu sabia que os coreanos não seriam campeões, mas torci para que fossem o mais longe possível na Copa de 2006 – comentou.

Natural de Buenos Aires, o jogador ainda tem familiares na capital argentina, mas faz seis anos que não visita o país. Frontini, inclusive, quase não tem sotaque portenho e guarda poucos costumes. Mas diz que em breve pretende voltar para visitar a parte argentina da família.

E para quem ainda tem dúvidas sobre para quem vai torcer, ele dá um recado:

– Eu vim para o Brasil com cinco anos. Minha esposa é brasileira, meus três filhos também. Então, vamos todos torcer para o Brasil, até porque eu acho que é quem vai ganhar a copa – brincou.

Radicado no Brasil, Frontini iniciou sua carreira no Mogim Mirim, teve uma rápida passagem pelo Santos e também no Figueirense. Ele ainda atuou no Vorskla da Ucrânia e do Pohang Steelers, da Coreia do Sul.

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