ONU
Bolsonaro fez o discurso de abertura na Assembleia Geral da ONU
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) classificou como “falácia” o discurso de que a Amazônia esteja sendo destruída pelo seu governo. Em seu discurso na abertura da 74ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), cujo tema é “Reunir esforços multilaterais para erradicação da pobreza, educação de qualidade, ações climáticas e inclusão”, o presidente brasileiro disparou contra a França, mesmo sem citar o nome do país ou do seu presidente, Emmanuel Macrón, que antagonizou com Bolsonaro ao longo da crise gerada pelo aumento nos incêndios na região da Amazônia.
“Clima seco favorece queimadas espontâneas e criminosas”, argumentou. “Problemas qualquer país os tem. Os ataques sensacionalistas que sofremos por grande parte da mídia internacional despertaram o nosso sentimento patriota. É falácia dizer que a Amazônia é de propriedade internacional”, prosseguiu.
Mesmo diante da recente crise envolvendo os incêndios na Amazônia, o presidente Jair Bolsonaro disse, em seu discurso, que o Brasil é referência mundial na preservação do meio ambiente. “Em primeiro lugar, meu governo tem o compromisso solene com o meio ambiente e com o desenvolvimento sustentável”, afirmou. “Nossa Amazônia é maior que toda a Europa Ocidental e permanece praticamente intocada, prova que somos um dos países que mais protegem o meio ambiente”, prosseguiu.
O chefe do Palácio do Planalto subiu o tom com o clã Castro, do qual são oriundos os irmãos Fidel e Raul Castro. “A história nos mostra que já nos anos 1960 que agentes cubanos foram enviado a diversos países para implantar ditaduras”, atacou.
Ele emendou: “Há poucas décadas tentaram mudar o regime do nosso país. Vencemos a guerra e resguardamos a nossa dignidade. Centenas de militares e civis morreram e outros tantos tiveram sua reputação manchada”, disse, fazendo alusão á ditadura militar brasileira.
Bolsonaro, mesmo sem citar o nome do presidente francês, Emmanuel Macrón, disparou contra o líder europeu. “Um país, ao invés de ajudar, embarcou nas mentiras da mídia e se portou de forma despropositada e colonialista”, atacou. “Um deles, por ocasião do encontro do G7 ousou sugerir sanções ao Brasil sem sequer nos ouvir. Agradeço os que não aceitaram levar adiante essa absurda proposta”, afirmou. “Respeito a liberdade e soberania de cada um de nós”.