Economia

Ação da JBS cai mais de 25%

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A Bovespa opera em queda nesta segunda-feira (22), com as ações da JBS se destacando entre as maiores perdas do dia, ainda repercutindo a crise política desencadeada pelas delações de dirigentes da JBS que atingiram o presidente da República, Michel Temer.

Às 16h40, o Ibovespa, principal indicador da bolsa, caía 1,78%, aos 61.688 pontos.

Perto do mesmo horário, as ações da JBS lideravam as perdas, caindo 25,03%. Até agora, a empresa já perdeu cerca de R$ 5,9 bilhões em valor de mercado no pregão desta segunda. Desde a eclosão da crise política envolvendo o governo Temer e a empresa, na noite de quarta-feira, a perda foi de R$ 8,1 bilhões. No ano, marcado ainda pela Operação Carne Fraca, a empresa acumula perda de R$ 13,2 bilhões. Os dados são da Economatica.

Segundo a BMF&Bovespa, até as 12h42 desta segunda, o papel da JBS já tinha ido a leilão 6 vezes, como determinam as regras da bolsa em casos de forte oscilação. Entre as normas que fazem com que um papel entre em leilão operacional está variação de mais de 10% em relação ao preço de abertura ou de 1,5% entre um negócio e outro, entre outras regras.

A agência de risco Moody’s decidiu nesta segunda cortar o rating da empresa e de sua subsidiária nos Estados Unidos. A nota da JBS foi reduzida para ‘Ba3’ ante ‘Ba2’, enquanto a dívida garantida da JBS USA teve a nota cortada para ‘Ba2’ ante ‘Ba1.

Antes disso, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já havia aberto cinco processos administrativos contra a empresa na semana para investigar supostas irregularidades como o uso de informações privilegiadas em negociações de dólar futuro e ações.

A ação da JBS é a 20ª na lista das maiores participações do Ibovespa, com peso de 1,3% na composição do índice.

As ações da Petrobras também têm dia de baixa, de olho no cenário político, apesar da alta nos preços do petróleo. Perto do mesmo horário, a empresa perdia 0,69% nas ações ordinárias (que dão ao acionista direito a voto em assembleias da empresa) e 2,06% nas preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos).

Os papéis preferenciais do Bradesco e do Itaú Unibanco, com peso importante na composição do Ibovespa (7,87% e 10,85%, respectivamente), também operavam no vermelho.

Na outra ponta, a BRF se destacava entre os maiores ganhos do dia, subindo mais de 7%. Também entre as altas, Vale subia, em dia de alta nos preços do minério na China.

Crise política

Nesta semana, o mercado aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira (24) sobre o pedido de Temer para suspender o inquérito contra ele.

G1

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