Para especialista em geopolítica da Ásia, o governo americano não pode demorar a responder às ameaças do ditador norte-coreano, Kim Jong-un.
Desde que assumiu o regime norte-coreano, em 2011, Kim Jong-un ordenou a execução de mais de 340 pessoas. A estimativa é do Instituto de Estratégias de Segurança Nacional, baseado na Coreia do Sul. As alegações são sempre subjetivas e arbitrárias, geralmente qualificando a vítima como traidora do regime. Na lista, figuram importantes oficiais do regime e até familiares. Em 2013, Jang Song-thaek, tio de Jong-un e oficial do alto escalão do governo, foi executado, acusado de traição. Em fevereiro, a vítima foi Kim Jong-nam, meio-irmão do líder, envenenado em um aeroporto na Malásia em circunstâncias ainda incertas. Ao que tudo indica, o regime da Coreia do Norte é o responsável pela morte.
Não são só os norte-coreanos que se sentem ameaçados pela paranoia do líder. Jong-un segue investindo no desenvolvimento nuclear do país e conduzindo testes militares. Só no último mês, dois testes de mísseis foram realizados. Eles caíram no Mar do Japão, a cerca de 300 quilômetros da costa japonesa. O mundo está em alerta com a Coreia – até a China e a Malásia, tradicionais aliadas do país, estão irritadas com as atitudes de Kim Jong-un. Os Estados Unidos começaram a responder de maneira mais incisiva às atitudes do ditador. A despeito da oposição da China, um dispositivo americano de defesa capaz de derrubar mísseis foi instalado na Coreia do Sul.