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Neymar x Cavani: briga de egos por conta de faltas e pênaltis preocupa o PSG

A sintonia fina – em todos os aspectos – que Neymar tinha com Messi e Suárez no Barcelona não está se repetindo no Paris Saint-Germain. Pelo menos em relação a Cavani. A questão não são os resultados, que estão aparecendo, e sim a nítida falta de parceria entre os dois. As tabelas até saem, mas a disputa para cobrar pênaltis e faltas gerou uma briga de egos, que não está sendo devidamente controlada pelo técnico Unai Emery. A situação já preocupa a diretoria do PSG, que ligou o sinal de alerta e pretende conversar internamente para evitar o crescimento do problema.

No Barça, os pênaltis eram divididos de forma harmoniosa pelo trio MSN. Uma hora era Messi, outra Suárez, outra Neymar. A maioria das faltas ficava com o argentino, e o brasileiro era o segundo cobrador. Nunca qualquer um deles demonstrou irritação por não ter batido. Pelo contrário. Mas no PSG a história tem sido diferente.

Neymar disputou seis partidas desde que chegou ao clube francês e presenciou a marcação de quatro pênaltis. Todos foram cobrados por Cavani, que antes já era o batedor oficial. O primeiro deles gerou o primeiro estresse: na vitória por 6 a 2 sobre o Toulouse, o uruguaio negou o pedido de Neymar e cobrou, deixando o brasileiro visivelmente contrariado. Nos dois seguintes, contra Saint-Étienne (3×0) e Celtic (5×0), o camisa 10 não se manifestou. Mas no quarto, na vitória por 2 a 0 sobre o Lyon nesse domingo, Neymar voltou a fazer o pedido para bater o pênalti e não escondeu a irritação com a nova recusa do camisa 9, que por sinal perdeu dessa vez – o goleiro defendeu.

Pênaltis para o PSG

A polêmica do fim de semana não ficou só nisso. Antes do pênalti, com pouco mais de 10 minutos do segundo tempo, Cavani quis cobrar uma falta perto da área, e Daniel Alves tomou as dores de Neymar. O lateral-direito segurou a bola, não permitiu que o uruguaio a pegasse e a entregou nas mãos do camisa 10, que bateu com perigo e exigiu grande esforço do goleiro do Lyon.

Neymar entende que Cavani é artilheiro, goleador. Não à toa já marcou nove gols em oito partidas nesta temporada. Mas ele acredita que o uruguaio está sendo egoísta e reclamou disso com alguns companheiros brasileiros, como seu amigo Daniel.

Após a partida, Cavani também deu sinais do seu descontentamente com a situação. Cerca de 20 minutos depois do apito final, ele evitou passar pela zona mista, onde estavam os jornalistas, e foi com semblante fechado direto para o estacionamento.

Cavani e Neymar não falaram com a imprensa sobre o episódio desse domingo. Há quase um mês, após o primeiro estresse por pênalti, eles falaram e tentaram minimizar.

¨Acontece que, quando você tem muitos jogadores de talento juntos, é normal pedir para bater uma falta, um pênalti. Acontece automaticamente. São coisas que acontecem dentro do campo e se resolvem lá em um segundo. Nada de outro mundo, me parece algo normal – havia dito Cavani.

¨Não existe ciúme nem nada disso. É uma coisa conversada durante a partida. Ele estava bem para bater, fez o gol e é isso que importa. O que importa é ajudar a equipe – havia dito Neymar.

G1

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