Agressão

Médico é preso por bater e ameaçar esposa em Piancó; vítima relata como eram agressões

O médico Algacy Fernando Vieira de Lorena e Sá, que atua em cidades do interior da Paraíba, foi preso nessa terça-feira (26) por violência contra a esposa. Após uma série de agressões, a estudante Danúbia Carla Rodrigues de Moura, que mora no município de Piancó, pediu medida protetiva no dia 25 de março, quando sofreu a última agressão do marido, com quem era casada há quatro anos.

A prisão do médico foi decretada pela Justiça nesta terça-feira (26) e ele foi preso nesta quarta-feira (27), como confirmou Danúbia Carla. A prisão ocorreu no próprio consultório, em Conceição, município onde ele trabalhava.

Danúbia relatou que o relacionamento do casal iniciou em setembro de 2018 e eles não têm filhos. “As agressões se tornaram constantes. Então, eu que pedi para que ele saísse de casa. ⁠Os episódios de agressão pioravam quando ele bebia”, contou.

Ela ressaltou que o médico foi o autor de todas as agressões que ela sofreu e que estão registradas em vídeos e fotos. “As ⁠discussões eram iniciadas por ciúmes, não me deixava trabalhar e nem ir à academia”, disse.

“Após a audiência de conciliação, na qual não houve acordo, ele veio à minha procura em Piancó. Me encontrou na BR entre Piancó e Itaporanga, e jogou seu veículo na frente do meu, fazendo com que eu parasse meu carro. Imediatamente veio em direção ao meu carro muito rápido. No momento, tentei sair pela porta do passageiro, mas ele me puxou pelo cabelo, me tirando do veículo. Começou a me ameaçar com uma arma, um revólver e falando que eu estaria mexendo com gente grande”, afirmou.

Neste momento, ela relatou, que o médico começou a dar socos em sua costela esquerda. “Quando tentei me proteger, ele começou a dar socos também do lado direito. Logo após, bateu minha cabeça contra o carro”, disse.

“Em meio a tudo isso, avistou um carro que vinha na nossa direção de longe. Ele se assustou e correu para dentro do carro dele. Imediatamente, entrei no meu, fui pra casa e pedi ajuda à Polícia pelo 190. Foram até a minha residência e me levaram até a delegacia local”. Na delegacia, foi feito o boletim de ocorrência e, em seguida, conforme a estudante, ela foi encaminhada ao hospital para fazer exame de corpo delito. 

“Em seguida, pedi a medida protetiva. A PM o procurou, mas não encontraram ele. Após 24 horas, ele se apresentou na delegacia de Piancó”, afirmou.

Danúbia ressaltou que o médico Algacy Fernando Vieira de Lorena e Sá, ⁠sempre enviava mensagens com xingamentos. “Eu sofria também agressões psicológicas”, concluiu. 

Justiça decreta prisão do médico – Na terça-feira, a Justiça da Paraíba decretou a prisão preventiva do médico Algacy Fernando Vieira.

“Ante o exposto, com base nos arts. arts. 312, caput e 1º, artigo 313, III, todos do CPP, DECRETO A PRISÃO PREVENTIVA de ALGACY FERNANDO VIEIRA DE LORENA E SÁ, qualificado nos autos. Expeça mandado de prisão preventiva e o cadastre nos sistemas eletrônicos do TJPB e do CNJ (Banco Nacional de Mandados de Prisão BNMP)”, diz parte da decisão sobre o pedido de prisão, como notado pelo ClickPB.

Veja abaixo a decretação da prisão do médico:

Em nota, a defesa do médico Algacy Fernando alega que a ex-esposa age por vingança. Confira a nota na íntegra – “A Defesa do Dr. Algacy Fernando Vieira de Lorena e Sá informa que todo este estardalhaço não passa de um ato vil praticado por sua ex-esposa motivado pela não aceitação do fim do relacionamento. A Defesa apurou que no horário apontado pela ex-esposa como sendo aquele que ocorreu as supostas agressões o mesmo se encontrava em atendimento no Hospital Regional de Piancó, as imagens do sistema de vigilância já foram requeridas pela Defesa e pela Polícia Civil. Ademais existem testemunhas que atestam que o Dr. Algacy encontrava-se em atendimento aos pacientes daquela unidade hospitalar na hora do suposto crime. A Defesa reforça que tudo isso não passa de um último ato de vingança pelo fato do Dr. Algacy ter distribuído uma ação de divórcio na Comarca de Conceição, onde após a audiência de conciliação, insatisfeita com a proposta de partilha de bens, a suposta vítima à bocas-largas comentou que “isto não ficaria barato”. O que se vê é concretização de seu plano, o qual futuramente será desmascarado. Por fim, uma vez elucidado todo este imbróglio, serão tomada as medidas judiciais cabíveis. (sic)”.

Fonte: ClickPB

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