Sabadinho Bom

Sabadinho Bom homenageia mulheres no mês de março e inicia programação com Nathalia Bellar

A Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) vai homenagear as mulheres durante o mês de março. Por isso, todas as edições do Sabadinho Bom serão comandadas por mulheres. Neste sábado (2), a atração será a cantora Nathalia Bellar, que promete um repertório com muito samba para animar o público fiel do evento. O Sabadinho Bom começa ao meio-dia, na Praça Rio Branco.

O diretor executivo da Funjope, Marcus Alves, afirma que o Sabadinho Bom é uma experiência muito intensa na cultura de João Pessoa. Neste mês, a Funjope dedica todas as edições do evento para fazer homenagens a elas em função de ser o mês da mulher e, no dia 8, ser comemorado o Dia Internacional da Mulher.

“Nós teremos, no ambiente do Sabadinho Bom, sempre mulheres liderando o espetáculo, sendo protagonistas da nossa música. Isso é muito importante. Abrimos com a Nathalia Bellar, que tem um histórico belíssimo na música e no samba de João Pessoa. Tenho certeza de que o público vai festejar esse momento muito forte do nosso Sabadinho Bom”.

Nathalia Bellar conta que o Sabadinho Bom faz parte da sua trajetória artística, sendo o primeiro palco maior onde teve a oportunidade de cantar, já que começou sua carreira cantando em barzinhos. Para ela, o Sabadinho Bom foi um divisor de águas.

“Tenho a alegria de ter compartilhado momentos muito importantes para o meu crescimento musical, e sempre avaliei essa iniciativa do projeto como muito preciosa porque percebo que todos os movimentos de cultura popular tendem a desaparecer. O samba, o choro são movimentos genuinamente brasileiros, que precisam ser passados de geração em geração. Então, é muito importante que um projeto como o Sabadinho Bom sobreviva, resista e siga”, pontuou.

Sobre a homenagem às mulheres, ela aplaudiu. “É muito preciso que esse movimento, que já é tão simbólico para nossa cidade, possa contemplar as artistas mulheres que aqui atuam”, destacou. Ela afirmou que ser artista é um desafio, mas ser artista mulher tem uma pitadinha a mais por todos os lugares em que a sociedade coloca a mulher, pelas inúmeras funções que ela assume e por uma reparação pelo tempo em que a mulher ficou afastada daquilo que ama.

“Mulher artista era uma coisa inconcebível tempos atrás, e é um lugar de muita potência. O feminino saiu do armário e não volta nunca mais porque é grande demais. Eu recebo essa homenagem com muita alegria e fico feliz de poder fazer parte”.

Sobre o repertório, ela optou essencialmente pelo samba, relembrando grandes canções que marcaram suas apresentações na primeira fase do projeto. Para o palco, ela vai levar Dona Ivone Lara, Beth Carvalho e Clara Nunes na linha de frente, além dos tarimbados Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Nelson Cavaquinho e Djavan. Também tem uma canção autoral em samba. “E um bloco de Jackson do Pandeiro para misturar ainda mais a Paraíba nesse caldeirão”, enfatizou.

Músicas como Vou Festejar, A Flor e o Espinho, Fato Consumado, Alguém me Avisou e A Ordem é Samba estão no repertório. “Estou tendo a sorte de dividir o palco com pessoas que admiro muito. Fabiane Fernandes no cavaco, Eduardo Fiorussi no violão, Novinho na Percussão, Will Gomes no baixo e Bruno Santos na bateria”, enumerou.

“Sei que será emocionante. Canto Música Popular Brasileira e o samba está na raiz de muita coisa que eu trago para o meu trabalho autoral. Como boa brasileira, sou uma amante desse universo vasto e potente. Minha expectativa é de que as pessoas possam sair de lá mais felizes do que quando chegaram”, acrescentou a cantora.

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