Ex-ministro do Meio Ambiente e terceiro deputado federal mais votado no Estado de São Paulo, Ricardo Salles (PL-SP) é um dos defensores da abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Sem Terra (MST) na Câmara para investigar a invasão de três terrenos da empresa Suzano Papel e Celulose, nos municípios de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas, no sul da Bahia.
Inicialmente, Salles e outros dois deputados – Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS) – encabeçavam propostas semelhantes para a instalação do colegiado.
Na última semana, para facilitar a tramitação, o trio concentrou esforços em um texto único, e o pedido conjunto foi protocolado com 172 assinaturas, uma a mais que o necessário, abrindo caminho para a investigação do Legislativo. Agora, a expectativa é que a instalação da comissão seja discutida na próxima semana, em reunião de líderes, e, com apoio de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Casa, colocada em funcionamento de forma imediata. “Ele [Lira] vai instalar, porque é do interesse da sociedade saber o que está acontecendo”, assegurou Ricardo Salles, em entrevista ao site da Jovem Pan.
O deputado defende que o colegiado investigue os financiadores por trás dos movimentos, os coordenadores das invasões, assim como aponte possíveis omissões de autoridades que estariam “facilitando” e fazendo um “convite” para as ocupações.
Outros casos a comissão vai investigar – “Aqui no Estado de São Paulo, no Portal de Paranapanema, também. Um verdadeiro absurdo que eles fizeram aqui, eram fazendas produtivas. Essa história que vão atrás de áreas improdutivas é mentira. Todas essas áreas, no Mato Grosso do Sul, São Paulo e Bahia, que foram invadidas no Carnaval Vermelho, são áreas produtivas.
JPan