Homens que sentam de pernas abertas em locais públicos estão sendo acusados de machismo. O ato, que supostamente seria fruto da “sociedade patriarcal”, já tem um nome: manspreading. O termo surgiu em 2013 na rede social Tumblr, mas ganhou força quatro anos depois, na Espanha, que chegou a criar uma campanha de conscientização contra as pernas abertas nos ônibus e metrôs.
No Brasil, o assunto se tornou alvo de debate nas redes sociais, depois de O Globo publicar uma reportagem sobre o assunto. O jornal ouviu mulheres incomodadas com a prática. “Às vezes, peço licença, e continuam do mesmo jeito”, relatou uma entrevistada. “Nunca sabemos como vão reagir.” “De tanto passar por essa situação, evito viajar ao lado de homens”, disse uma estudante.
Segundo uma especialista em gênero consultada pelo jornal, “ações publicitárias massivas” são uma alternativa para lidar com isso. A professora citou as campanhas feministas “Não é não!” e “Chega de fiu fiu” como iniciativas importantes no Brasil para coibir “posturas abusivas masculinas”.
Em debates na internet, pessoas mencionaram a existência de homens que têm desconforto nas genitálias e que, em alguns casos, não conseguem fechar tanto as pernas. Apesar de discordar dessa tese, um médico entrevistado pelo jornal O Globo não fala em machismo, mas, sim em “falta de educação”.
RO – Cristyan Costa