Em mais um ato de perseguição contra os cristãos, o ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, proibiu os fiéis da Igreja Católica de seu país de celebrarem as procissões de rua durante a Quaresma e a Semana Santa.
A decisão ocorreu depois de Ortega classificar os religiosos, incluindo padres, bispos, cardeais e o papa Francisco, como uma “máfia”. O bispo da diocese de León e Chinandega, Sócrates René Sandigo, afirmou que a polícia apenas permitiu a realização da Via Sacra dentro ou no pátio das igrejas, mas não nas ruas.
Daniel Ortega acusou ainda a Igreja Católica de ser “antidemocrática”, por supostamente não permitir que os católicos escolham seus líderes por voto direto e por cometer crimes financeiros. O bispo auxiliar da Arquidiocese de Manágua, Silvio Báez, que foi exilado nos EUA e declarado “fugitivo da justiça”, chamou Ortega de “ateu, corrupto e criminoso”, após os ataques do ditador à igreja.
Em 12 de fevereiro, o papa Francisco lamentou a sentença de prisão de um bispo crítico da ditadura nicaraguense, Rolando Álvarez, e encorajou os líderes no país a “procurarem sinceramente” a paz.
Álvarez, crítico do Governo de Ortega, foi condenado a 26 anos e quatro meses de prisão por crimes de “traição”.