O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice-presidente na chapa de Lula (PT), quer proibir o presidente Jair Bolsonaro (PL) de usar suas falas antigas contra o petista. A ação judicial foi protocolada nesta quarta-feira, 7, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Durante um discurso neste 7 de Setembro, o chefe do Executivo disse que o PT “quer voltar à cena do crime”, repetindo uma fala de Alckmin, durante uma convenção do PSDB em 2017.
Conforme o ex-tucano, as falas estão sendo usadas descontextualizadas “para confundir o eleitor, dando a entender que a opinião emitida por ele seria atual”. O ministro Paulo de Tarso Sanseverino, da Corte Eleitoral, vai ser o relator da ação. Ele vai avaliar o pedido de Alckmin.
Em maio deste ano, Lula e Alckmin fecharam uma federação com a chapa para a Presidência da República. Contudo, ambos vinham de um longo histórico de oposição na política nacional.
Na época da junção de ambas candidaturas, o ex-tucano foi o primeiro a discursar e cumprimentou por um telão Janja e Dilma Rousseff pelo Dia das Mães. Em seguida, tentou fazer uma piada ao dizer que “Lula é um prato que cai bem com chuchu”. E completou: “O que acredito venha ainda a se tornar um hit da culinária brasileira”.
Ao justificar as ferozes críticas ao antigo adversário, o ex-governador afirmou que disputas fazem parte do processo democrático. “Hoje, algo mais importante se impõe, a defesa da própria democracia”. Ao encerrar, agradeceu Lula por dar a ele “o privilégio da sua confiança”. Só metade do público aplaudiu.
RO – Redação
