Brasil

Refino e importação de combustíveis sob investigação

A determinação do presidente Jair Bolsonaro para investigar se há algum interesse em refinar menos petróleo e importar mais derivados sacudiu o mercado. O governo federal resolveu colocar o dedo na ferida de vez, em busca de uma solução definitiva para um problema que há anos traz dor de cabeça para o brasileiro: os reajustes nos preços dos combustíveis.

No comando do Ministério de Minas e Energia desde janeiro de 2018, Bento Albuquerque já conhece bem as virtudes e deficiências do setor brasileiro de óleo e gás. Especificamente sobre a questão dos preços de combustíveis, ele declarou recentemente que sua equipe estuda alternativas para tentar suavizar, de alguma forma, os repasses de reajustes. Uma dessas ideias seria a criação de um fundo de recursos, que seria usado para compensar a variação de preços desses produtos. Albuquerque afirmou que o Brasil ainda vive as consequências de escolhas equivocadas de administrações passadas, o que acabou atrasando o desenvolvimento da capacidade de refino do país.

“Os governos passados (2003 a 2016) causaram prejuízos aos brasileiros da ordem de R$ 230 bilhões ao iniciar e não concluir a construção de 4 refinarias no País (mais conhecidas Abreu e Lima e Comperj) e de 2 refinarias no exterior, uma nos EUA e outra no Japão. Hoje poderíamos ser autossuficientes se não fosse a roubalheira, a corrupção e a falta de políticas públicas para o setor no passado”, afirmou Albuquerque. “Estamos abrindo o mercado juntamente com outras medidas estruturantes que visam os interesses públicos e do consumidor”, acrescentou.

AEPET

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