A Justiça do Trabalho anulou, nesta quinta-feira (7), a multa de R$ 12 milhões aplicada contra a Arquidiocese da Paraíba, que acusa através de uma ação civil pública, a instituição religiosa de exploração sexual. De acordo com a decisão, a anulação foi motivada por não ter provas suficientes no processo. O julgamento do recurso aconteceu no Tribunal Regional do Trabalho, em João Pessoa. A procuradoria afirmou que vai recorrer da decisão.
A condenação contra a Arquidiocese em primeira instância foi divulgada em uma reportagem exclusiva do Fantástico, em janeiro. A denúncia foi feita pelo procurador do Ministério Público do Trabalho, Eduardo Varandas. Ele afirma que o pagamento aos jovens explorados era feito com dinheiro e até mesmo com comida. Os padres envolvidos no caso negam a acusação. Eles foram afastados da função.
As denúncias de pedofilia e exploração sexual envolvendo integrantes da Igreja Católica na Paraíba, inclusive o arcebispo emérito da Paraíba Dom Aldo Pagotto, tiveram início em 2015.
O julgamento foi iniciado à tarde e terminou pouco antes das 20h. Outras informações sobre o processo não foram divulgadas, pois o caso corre em segredo de justiça.